Sinopse
Karlon, nascido na Pedreira dos Húngaros e pioneiro do rap crioulo, fugiu do bairro onde foi realojado.
Noites de vigília, sob um febril calor tropical. Entre as canas de açúcar, um rumor. Karlon não parou de cantar. Altas cidades de ossadas é um tateio inquisitivo e imaginativo às suas memórias,ao cerco institucional,e às histórias submersas de um tempo sombrio.
Ficha Técnica
Ficção, 18’, HD, Portugal, 2017, DCP, DigitalFile, Blu-Ray, DVD
Cast & Crew | Carlos Furtado “KarlonKrioulo”, Manuel Cabral “Xama”, Maria do Céu Magalhães, Leonor Ferreira
Realizador | João Salaviza
Argumento | João Salaviza, Renée Nader Messora, Carlos Furtado“KarlonKrioulo”
Imagem | Vasco Viana
Montagem | João Salaviza, Edgar Feldman
Som | Rafael Cardoso
Mistura de som | Xavier Thieulin
Produtor | Pedro Pinho, João Matos, Leonor Noivo, Luísa Homem, Susana Nobre, Tiago Hespanha
Produção | Terratreme Filmes
Língua | Crioulo Cabo Verde ano e Português / CapeVerdean Creole and Portuguese
Legendas | Português e Inglês Link
Sinopse
«Simultaneamente estranhos e familiares, distantes e próximos, inquietantes e sedutores, marginais e cosmopolitas, os ciganos apresentam-se envoltos numa aura de ambiguidade. Não se pode dizer que sejam invisíveis, pois dificilmente passam despercebidos.» Daniel Seabra Lopes
Tal como os ciganos, os sapos de loiça não passam despercebidos a um olhar mais atento. Balada de um batráquio surge assim num contexto ambíguo. Um filme que intervém no espaço real do quotidiano português como forma de fabular sobre um comportamento xenófobo.
Ficha Técnica
Documentário, 2016, Portugal, 11’
Realização | Leonor Teles
Argumento | Leonor Teles
Fotografia | Leonor Teles
Som | Bernardo Theriaga
Montagem de Som | Joana Niza Braga
Mistura de Som | Branko Neskov
Colorista | Andreia Bertini
Montagem | Leonor Teles
Produção | Filipa Reis, João Miller Guerra / Uma Pedra no Sapato Link
Sinopse
João ainda vive em casa dos pais. Distante de qualquer ideia para a sua vida, afasta-se do centro da cidade e encontra refúgio na periferia. A fábrica abandonada onde passa o dia é o eco residual de um passado melhor. O que está para vir parece pior e confronta João com o falhanço da juventude.
Ficha Técnica
Portugal, 2014, 22’
Título original | O pesadelo de João
Realização | Francisco Botelho
Produção | Maria João Mayer e François D’Artemare
Género: Drama
Sinopse
No Vale do Douro, Ema vive com o pai e é educada numa atmosfera de grande sensibilidade poética. Torna-se numa mulher bela e sensual com um irresistível gosto pelas ficções românticas, que acaba por nunca conseguir encontrar plena satisfação junto dos homens, desde logo casando com um médico que nunca amou. Na sequência de uma intensa vida social, Ema, vai envolver-se com três homens sempre numa constante busca de paixões, luxo e desafios, cuja beleza e espírito provocatório lhe vão valer o epíteto de «Bovarinha», uma versão moderna e portuguesa da Bovary de Flaubert. Por fim, desiludida e frustrada, Ema morre afogada no Douro num dia de sol radioso, depois de se ter vestido como se fosse para ir a um baile, sem nunca se chegar a perceber se foi acidente ou suicídio.
Ficha Técnica
Portugal, França, Suíça, 1993
Duracão: 187 Minutos
Realizador | Manoel de Oliveira
Diretor de Fotografia | Mário Barroso
Montagem | Manoel de Oliveira y Valerie Loiseleux
Som | Henry Maikoff
Cenografia | Maria José Branco
Guarda-roupa | Isabel Branco
Assistente de direção | José Maria Vaz da Silva
Diretor de Produção | Alexandre Barradas
Guião e Diálogos | Manoel de Oliveira
Adaptado da obra homónima de | Agustina Bessa-Luís
Produtora Associada | Patricia Plattner
Produtor | Paulo Branco
Música | Beethoven, Chopin, Debussy, Fauré, Coleman y Hawkins
Uma coprodução | MADRAGOA FILMES (Portugal), GEMINI FILMS (França), LIGHT NIGHT PRODUCTION (Suíça)
Sinopse
No final dos anos 1960, Evita (Beatriz Batarda) chega a Moçambique para casar com Luís, um estudante de matemática que ali cumpre o serviço militar. Evita rapidamente se apercebe que Luís já não é o mesmo e que, perturbado pela guerra, se transformou num triste imitador do seu capitão, Forza Leal. Quando os homens partem para uma grande operação militar no Norte, Evita fica sozinha e, no desespero de tentar
compreender o que modificou Luís, procura a companhia de Helena, a mulher de Forza Leal. Submissa e humilhada, Helena é prisioneira na sua casa, onde cumpre uma promessa. É ela quem revela a Evita o lado negro de Luís. Perdida num mundo que não é o seu, Evita apercebe-se da violência de um tempo colonial à beira do fim.
A costa dos murmúrios, realizado por Margarida Cardoso, é uma adaptação do romance homónimo de Lídia Jorge, a sua obra mais célebre, que aborda um momento ainda doloroso e com muitas feridas abertas da História de Portugal.
Ficha Técnica
Portugal, 2004, 120’
Realização | Margarida Cardoso
Elenco | Beatriz Batarda, Carla Bolito, Monica Calle, Sandra Faleiro, Custódia Galego, Adriano Luz
Produção | Maria João Mayer
Autoria | Cedric Basso, Margarida Cardoso
Música | Bernardo Sassetti
Ano | 2004
Duração | 115 minutos
No final do século XIX, os trabalhadores rurais em Portugal iniciaram uma corajosa luta por melhores condições de trabalho. Depois de gerações de miséria e fome, a Revolução de Abril semeou a promessa de uma Reforma Agrária. Na região do Alentejo, estes camponeses ocuparam grandes propriedades onde antes eram submetidos ao poder dos seus patrões.
Diz-se no Alentejo que quando se perde alguma coisa, quem procura deverá começar a andar para trás e voltar ao princípio. Reza-se e pede-se a Santa Luzia que nos cure dos olhos, para que possamos olhar melhor e ver.
Os protagonistas deste filme, resistentes desta velha luta, a quem foi roubada a infância e a escolaridade, contam a sua história às gerações de hoje, nas suas próprias palavras.
Ficha Técnica
Ficção, Documentário, 2017, Portugal, 25’
Realização | Marta Mateus
Argumento | Marta Mateus
Fotografia | Hugo Azevedo
Som | Olivier Blanc, Hugo Leitão
Montagem | Marta Mateus
Produção | Joana Ferreira, Isabel Machado / C.R.I.M.
Coprodução | Abel Ribeiro Chaves / OPTEC
Elenco | Maria Clara Madeira, Gonçalo Prudêncio, Maria Catarina Sapata, José Codices, Francisco Barbeiro, Lúcia Canhoto, Mariana Nunes, Tatiana Prudêncio, João Neves, António Prudêncio, Rodrigo Rosas, Tobias Liliu, Joaquim Prudêncio, Augusto Frade, Paula Pelado
Sinopse
Esta é a história de Emília de Sousa, a maior atriz que o teatro português conheceu nos finais do séc. XIX, que abandonou por uns anos a carreira para se casar com o rico madeirense Gaspar de Barros e transformar-se na Baronesa Madalena do Mar. Tão bela quanto Sissi, a Imperatriz da Áustria, com quem conviveu no Inverno de 1860/61 decidiu construir um mistério que perdurou por quatro gerações e por mais de um século. Que nos interessa que um senhor qualquer se deite com uma mulher? Mas quando alguém se atirava ao mar, isso levanta variadas hipóteses. Será isto ainda amor, ou só o gesto envergonhado do sublime?
Ficha Técnica
2008, Portugal, 124’22”
Realizador | João Botelho
Produção | FF-FILMESFUNDO
Actores | Ana Moreira, Rogério Samora, Ricardo Aibéo, Marcello Urgeghe, Virgílio Castelo, Rita Blanco, Margarida Vila-Nova
Argumento e Diálogos | Agustina Bessa-Luís, João Botelho
Produtor (pessoa singular) | Pandora da Cunha Teles
Financiamento | ICA, RTP
Site | www.filmesfundo.com/cortedonorte
Estreia | 2009-03-19
Som | MONO
Distribuidor | MIDAS FILMES
Sinopse
Leonor volta de viagem num dia em que o seu pai (Francisco) já não a esperava.
No espaço de 24 horas viverão uma realidade alucinada, conduzida, em crescendo, pela inquietação de Francisco num registo de aparente normalidade.
Ficha Técnica
Portugal, 2017, FIC, DCP, Cor, 25′
Realizador | Salomé Lamas
Produtor | Luis Urbano, Sandro Aguilar, O SOM E A FÚRIA
Argumento | Salomé Lamas, Isabel Pettermann
Fotografia | Rui Xavier
Montagem | Salomé Lamas, Francisco Moreira
Som | Miguel Martins
Actores Principais | Álvaro Covelo, Clara Jost, Gabriel Abrantes, João Pedro Bénard, Margarida Lucas, Miguel Borges, Pinto Workers
Idioma Original | Português
Legendas | Inglês Link
Sinopse
KALi é um Vampiro, vive na sombra.
Sonha com um lugar ao sol. Mas é afinal na escuridão que encontra a luz que procura.
Este filme é o último capítulo de uma trilogia sobre a infância. É também a conclusão de uma reflexão sobre a luz e a sombra, os medos ligados à infância, a diferença, a solidão, o aceitar tornar-se adulto.
Ficha Técnica
Portugal/Canadá/França/Suíça, 2012, ANI, 35mm, Cor, 9’20”
Realizador | Regina Pessoa
Produtor | Abi Feijó, Ciclope Filmes, Julie Roy, René Chénier, Office National du Film du Canada
Pascal le Nôtre, Folimage, Georges Schwizgebel, Studio GDS
Argumento | Regina Pessoa
Montagem | Abi Feijó
Música |The Young Gods
Som | Olivier Calvert
Animação | Laurent Repiton, Marc Robinet, Jorge Ribeiro, Luc Chamberland
Técnica de Animação | Gravura Digital: Cintiq, Photoshop e After Effects
Voz Off | Christopher Plummer, Fernando Lopes
Idioma Original | Francês, Inglês, Português
Legendas | Alemão, Espanhol, Francês, Inglês, Italiano, Português
Sinopse
O dia do meu casamento acompanha uma manhã na vida de três mulheres. Uma para quem o casamento se impôs como uma norma a cumprir, outra que se prepara para deixar a casa da sua infância e cumprir a norma do casamento e uma outra que luta pela sobrevivência da sua inocência em relação a essas e tantas outras normas.
E claro, os convidados, ao mesmo tempo participantes e testemunhas de toda esta normalidade.
É uma história aparentemente sobre o nada e nada mais que a simples manhã de um casamento. O meu.
Ficha Técnica
Portugal, 2016, 26’, cor
Realização | Anabela Moreira e João Canijo
Argumento | Anabela Moreira
Imagem | Mário Castanheira
Som | Pedro Melo
Montagem | João Braz
Montagem e misturas de som | Hugo Leitão
Direção de arte | Pedro Moura Simão
Direção de produção | Joana Vaz da Silva
Coordenadora de produção | Sofia Tonicher
Produtor | Pedro Borges
Elenco: Anabela Moreira, Helena Moreira, Matilde Dantas
Uma produção Midas Filmes, com o apoio financeiro do ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual Link
Sinopse
Numa viagem de comboio para o Algarve, Macário conta as atribulações da sua vida amorosa a uma desconhecida. Mal entra para o seu primeiro emprego, um cargo de contabilista num armazém lisboeta do seu tio Francisco, apaixona-se perdidamente pela rapariga loira que vive na casa do outro lado da rua, Luísa Vilaça. Conhece-a e quer de imediato casar com ela. Mas o tio não está de acordo, despede-o e expulsa-o de casa. Macário parte para Cabo Verde, onde enriquece e, quando consegue finalmente a aprovação do tio para casar com a sua amada, descobre então a «singularidade» do caráter da noiva.
Realizado por Manoel de Oliveira, Singularidades de uma rapariga loira é inspirado num conto de Eça de Queirós.
Ficha Técnica
2009, Cores, 64’
Título original | Singularidades de uma rapariga loira
Realizador | Manoel de Oliveira
Atores | Catarina Wallenstein, Leonor Silveira, Rogério Samora, Ricardo Trêpa
Género: Drama, Romance
Classificação | M/12
Sinopse
Victor e Liza vivem num bairro caótico nos arredores de Lisboa.
Ele, um trapaceiro com poucos talentos, e ela é uma atraente jovem russa. Quando a sua ex-mulher, uma ousada andaluza, regressa a Portugal, a velha chama do escândalo é acesa novamente.
Ficha Técnica
Portugal, 2010, 111’
Realizador | João Nuno Pinto
Produção | UKBAR FILMES
Actores | Chulpan Khamatova (RU), María Barranco(ES), Dinarte Branco(PT), Cassiano Carneiro(BR), Mikhail Yevlanov(RU), Francisco Maestre(ES), Nikolai Popkov(RU), Manuel Custódia(PT), Raul Solnado (PT)
Argumento e Diálogos | Luísa Costa Gomes, Melanie Dimantas, João Nuno Pinto. Baseado num conto de Luísa Costa Gomes
Fotografia | Carlos Lopes
Música | Mikel Salas
Montagem | Luca Alverdi
Produtor (pessoa singular) | Pandora Da Cunha Telles, Pedro Uriol, Giya Lordkipanidze, Aleksandr Shein, Sara Silveira, João Nuno Pinto, Miguel Varela
Financiamento | ICA (Portuguese Film Institute), ICAA (Instituto de la Cinematografía y de las Artes Audiovisuales), ANCINE (Agência Nacional Do Cinema), Ibermedia, RTP
Som | DOLBY DIGITAL Link
Sinopse
Lisboa, hoje. Um quarto de uma casa na Rua dos Douradores. Um homem inventa sonhos e estabelece teorias sobre eles. A própria matéria dos sonhos torna-se física, palpável, visível. Filme desassossegado sobre fragmentos de um livro infinito e armadilhado, de uma fulgurância quase demente mas de genial claridade.
Ficha Técnica
Portugal, 2010, 118′, STEREO
Realizador | João Botelho
Produção | AR DE FILMES
Co-Produção | AR DE FILMES
Actores | Cláudio da Silva, Pedro Lamares, Ricardo Aibéo, Suzie Peterson, Manuel João Vieira, Sérgio Grilo, Sofia Leite, Cláudia Clemente, António Pedro Cerdeira, Maria Antunes, André Gomes, Valéria Brites, Miguel Moreira, Mónica Calle, Margarida Vila-Nova, Jo
Argumento e Diálogos | João Botelho
Fotografia | João Ribeiro
Músicas originais interpretadas por: Carminho, Caetano Veloso; Ricardo Ribeiro, Lula Pena, Angélica Neto, Elsa Cortez, Coro Ricercare
Montagem | João Braz
Produtor (pessoa singular) Alexandre Oliveira
Financiamento | ICA, CML, Gulbenkian, RTP
Vendas /| Ar de Filmes – ardefilmesgeral@sapo.pt
Site | www.ardefilmes.org/filmedodesassossego.html
Estreia | 2010-10-01
Sinopse
Portugal, 1944. Num país oprimido por uma ditadura retrógrada, servida por uma polícia política implacável (a PVDE), há quem resista e se organize para mobilizar o povo para a luta pelo pão e pela liberdade. Mesmo que isso lhe possa custar a prisão, torturas, ou até a vida. Pessoas como Vaz, Ramos, António e Paulo militantes e funcionários do Partido Comunista, que desenvolvem a sua ação na clandestinidade, reorganizando o Partido nas zonas dos arredores de Lisboa e do Ribatejo, ao mesmo tempo que preparam uma grande jornada de luta, com greves e marchas contra a fome. Este filme, adaptado da obra homónima de Manuel Tiago (pseudónimo de Álvaro Cunhal), mostra o dia a dia desta luta clandestina, vivida por dentro, no terreno. Os seus personagens são um retrato dos homens e mulheres que dedicaram as suas vidas a essa luta. Dos seus ideais, das suas paixões e dos seus sacrifícios. Dos que mostraram fraqueza e dos que deram a vida pelo que acreditavam.
Ficha Técnica
Portugal, 2005, 360’
Guarda Roupa | Maria Gonzaga
Direcção de Arte | João Martins
Som | Carlos Alberto Lopes, Branko Neskov
Música Original | Luís Cília
Fotografia | José António Loureiro
Montagem | Pedro Ribeiro
História Original | Manuel Tiago
Argumento | Luís Filipe Rocha
Produtor | Tino Navarro
Realizador | Joaquim Leitão
Sinopse
Todas as famílias guardam segredos. A minha não é exceção. Primeiro descubro um velho filme de 9.5 mm, depois redescubro os velhos álbuns de infância da minha mãe onde as fotografias me parecem todas ilusões óticas. Mais tarde o meu avô que nunca conheci revela-se e fala comigo num estranho programa de televisão. Entre passado e presente, tento dar um sentido àquilo que vou descobrindo e aos silêncios e portas fechados que continuo a defrontar.
Ficha Técnica
Documentário, Ficção, 2015, Portugal, 102’
Realização | Catarina Mourão
Argumento | Catarina Mourão
Fotografia | João Ribeiro, Catarina Mourão
Som | Armanda Carvalho
Montagem | Pedro Duarte, Catarina Mourão
Música | Bruno Pernadas
Produção | Laranja Azul
Coprodução | Maria Ribeiro Soares
Elenco | Catarina Mourão, Maria Rosa Figueiredo Link
Sinopse
1825 As origens da família Maia. 1847 O suicídio de Pedro da Maia. A mulher, Maria Monforte, foge para Itália levando a filha Maria Eduarda de 2 anos deixando-lhe o recém nascido Carlos Eduardo nos braços. 1875 A vida ociosa de Carlos da Maia, e do seu amigo, o extravagante João Ega, condutor e manipulador de extraordinárias peripécias. A paixão de Carlos da Maia por sua irmã Maria Eduarda. A morte de Afonso. Comédia e tragédia de família Maia, comédia e tragédia de Portugal. 1885 A expiação portuguesa. A grande e melancólica invenção de Eça.
Ficha Técnica
Portugal, 2013, 180’, STEREO
Realizador | João Botelho
Produção | AR DE FILMES
Guião | João Botelho
Vozes | Jorge Vaz de Carvalho
Actores | Graciano Dias, Maria Flor, Pedro Inês, Hugo Amaro, João Perry, Maria João Pinho, Adriano Luz, Marcello Urgeghe
Argumento e Diálogos | João Botelho
Fotografia | João Ribeiro
Música | Diogo Vida
Montagem | João Braz
Produtor (pessoa singular) | Alexandre Oliveira
Financiamento | ICA/Câmara Municipal de Lisboa/Banco Montepio
Vendas | Ar de Filmes Lda.
Site | www.ardefilmes.org
Estreia | 2014-09-04
Sinopse
Lisboa, hoje. Um quarto de uma casa na Rua dos Douradores. Um homem inventa sonhos e estabelece teorias sobre eles. A própria matéria dos sonhos torna-se física, palpável, visível. Filme desassossegado sobre fragmentos de um livro infinito e armadilhado, de uma fulgurância quase demente mas de genial claridade.
Ficha Técnica
Portugal, 2010, 118′, STEREO
Realizador | João Botelho
Produção | AR DE FILMES
Co-Produção | AR DE FILMES
Actores | Cláudio da Silva, Pedro Lamares, Ricardo Aibéo, Suzie Peterson, Manuel João Vieira, Sérgio Grilo, Sofia Leite, Cláudia Clemente, António Pedro Cerdeira, Maria Antunes, André Gomes, Valéria Brites, Miguel Moreira, Mónica Calle, Margarida Vila-Nova, Jo
Argumento e Diálogos | João Botelho
Fotografia | João Ribeiro
Músicas originais interpretadas por: Carminho, Caetano Veloso; Ricardo Ribeiro, Lula Pena, Angélica Neto, Elsa Cortez, Coro Ricercare
Montagem | João Braz
Produtor (pessoa singular) Alexandre Oliveira
Financiamento | ICA, CML, Gulbenkian, RTP
Vendas /| Ar de Filmes – ardefilmesgeral@sapo.pt
Site | www.ardefilmes.org/filmedodesassossego.html
Estreia | 2010-10-01
Sinopse
O filme foi inspirado pelas cartas trocadas entre dois poetas maiores da língua portuguesa, Sophia de Mello Breyner Andresen e Jorge de Sena, durante os anos de exílio deste último (1957-78).
Por razões políticas e circunstâncias da vida, Jorge de Sena viu-se forçado a partir para o Exílio. Foi primeiro para o Brasil e, mais tarde, para os E.U.A., onde seguiu carreira académica. Sena nunca conseguiu voltar para o seu país.Por razões políticas e circunstâncias da vida, Jorge de Sena viu-se forçado a procurar exílio, indo primeiro para o Brasil (1957), e depois para os E.U.A. (1965), onde prosseguiu carreira académica. Acabou por morrer sem ter conseguido voltar para Portugal, como era seu desejo. Durante esses quase vinte anos (1957-78), manteve com Sophia de Mello Breyner Andresen contínua correspondência. O filme parte, precisamente, dessas cartas.
Cartas essas que evidenciam a firmeza com que sempre defenderam valores e ideais que os uniam e a intransigência na persistente luta pela liberdade, ao longo dos anos, que foram os do salazarismo. Por vezes são cartas de confronto ou divergência de opiniões. Mas são, sobretudo, cartas de saudade das quais emana uma profunda afinidade entre dois seres. Estamos perante esse sentimento raro, a Amizade, que sobrevive ao tempo, à ausência e à distância e que ambos souberam preservar até à morte.
Através da justaposição de poemas e de passagens das cartas, o filme estabelece um extenso diálogo, no «desejo de suprir anos de distância em horas de conversa». Ao mesmo tempo, revela outro género de correspondências com as nossas próprias vidas, ficcionando sobre as ligações e correntes que nos mantêm juntos.
Consentim(i)ento — A perda do paraíso é um «manifesto» escrito a partir de excertos de vários sermões de Padre António Vieira e da obra de Frei Bartolomé de Las Casas, Brevíssima Relação da Destruição das Índias. O conjunto destes fragmentos selecionados revelou-nos um texto muito atual: um «manifesto» do século XXI, contra a malvadez do ser humano. Ainda que separados no tempo por mais de 130 anos (Frei Bartolomé de Las Casas é um homem do séc. XVI e Vieira um homem do séc. XVII), a verdade é que em ambos os autores assistimos à descrição da opressão, a maioria das vezes brutal e sanguinária, exercida pelos espanhóis, e pelos portugueses, sobre os indígenas das diversas terras ocupadas no continente americano. Sendo ambos os autores, na época, vozes contra essas formas de opressão e de exploração, são ainda hoje denúncias incómodas dos nossos racismos e discriminações contemporâneas.
Cassefaz
Primeira produtora cultural independente criada em Portugal, em 1987, a CASSEFAZ tem sido responsável por um conjunto de projetos artísticos, estruturais e de conceptualização na área da produção cultural em geral e do teatro em particular. Responsável e corresponsável pela criação de estruturas como CENTA, Fórum Dança, Centro Internacional de Teatro ou Academia de Produtores Culturais. Simultaneamente foi produzindo dezenas de espetáculos de teatro que refletem preocupações estéticas e ideológicas de diversos artistas e públicos. No que a textos de autores eruditos diz respeito, a Cassefaz apresentou, de Gil Vicente, Auto da Sibila Cassandra e As Barcas-Viagens de Vida e de Morte; de Shakespeare, As Alegres Comadres; de Racine, Fedra; de Molière, O Misantropo e O Burguês Fidalgo; de Eça de Queiroz, A Relíquia; de Padre António Vieira, Paiaçú; de Pêro Vaz de Caminha, Cartas do Novo Mundo.
Miguel Abreu
Estreou-se como ator em 1984 na peça Deseja-se Mulher, de Almada Negreiros, com encenação de Fernanda Lapa, na Fundação Calouste Gulbenkian. Cria a produtora cultural Cassefaz em 1987 e, até à data, colaborou como ator, encenador ou produtor em mais de 130 espetáculos, festivais e eventos culturais, em Portugal e no estrangeiro. Foi Diretor do Maria Matos — Teatro Municipal e programador de teatro do Centro Cultural de Belém e de Faro 2005 — Capital Nacional de Cultura. Em 1999 é eleito presidente da Academia de Produtores Culturais, função que mantém até hoje, e desde 2009 dirige o TODOS — Caminhada de Culturas, o festival intercultural de Lisboa. Atualmente tem em cena três espetáculos com encenação sua sobre as questões do colonialismo português, o racismo e o convívio intercultural: Paiaçú, Cartas do Novo Mundo e Fragmentos do Fim.
João Grosso
João Grosso integra o elenco do Teatro Nacional D. Maria II, onde foi diretor artístico entre 2001 e 2003. São de salientar os seus desempenhos em Fausto, Fernando, Fragmentos, a partir de Fernando Pessoa, Barcas e Serviço d’Amores, de Gil Vicente, Berenice, de Racine, Medeia, de Eurípedes e Orgia, de Pasolini, desempenho que lhe valeu um Globo de Ouro para melhor ator em 2005.
Em 1987 interpretou pela primeira vez Ode Marítima de Fernando Pessoa, poema a que regressou em junho de 2012, com espetáculos no Teatro Nacional D. Maria II. Desde 2012 colabora também regularmente com a Cassefaz, nomeadamente no espetáculo Paiaçú, um sermão de sermões de Padre António Vieira.
Pedro Barbeitos
Nasceu em 1978. Em 1998 foi-lhe atribuída uma bolsa no Centro em Movimento, que terminou em 2000. Neste mesmo ano, realizou o estágio Meetings on Performance and Performance Composition, com Peter Hulton. Em 2001, começou uma nova etapa com a licenciatura em Teatro/Formação de Atores da Escola Superior de Teatro e Cinema.
Estreou-se em 2000, destacando o trabalho com o Teatro Meridional, Escola de Mulheres e a Gato que Ladra e sob a direção, entre outros, de Cláudia Negrão, Joana Furtado, José Mateus, Francisco Salgado, Marco d’Almeida, Manuel Coelho, Natália Luiza, Pedro Alvarez-Osorio e Rute Rocha.
Trabalha em televisão e cinema desde 2002 e ainda dá voz a várias marcas em Portugal e Angola.
Em 2003, iniciou a aventura da Gato Que Ladra, Associação Cultural, que cofundou e dirige até à data.
Pedro Costa
Nasceu em 1983. É técnico de som, sonoplasta e desenhador de som.
Tem formação em som (Restart), sound system design and optimization (Meyer Sound Labs) e direção técnica para salas de espetáculo (Culturgest).
Em 2007 integra a equipa de som do Teatro Nacional D. Maria II, onde exerce atividade até à data.
Dos seus últimos trabalhos destaca Ricardo III, direção Tónan Quito (Globo de Ouro — espetáculo de Teatro e Prémio SPA — ator), e Sopro, de Tiago Rodrigues, com estreia no Festival d´Avignon 2017.