Programa Literário 30 novembro
Pavilhão de Portugal | Entrevista |
Convidados: Mia Couto
Moderação: Jerónimo Pizarro
(ver+)
Uma entrevista de vida a Mia Couto, com registo informal
Mia Couto nasceu em 1955 na cidade da Beira, província de Sofala. Viveu nessa cidade até aos 17 anos, altura em que foi para Lourenço Marques para estudar Medicina. Interrompeu o curso em 1974 para se juntar à Frente de Libertação de Moçambique e iniciar a carreira de jornalista. Desempenhou cargos de direção em vários jornais e revistas moçambicanas. Foi diretor do jornal Notícias até 1985.
Por sua iniciativa regressou à Universidade para estudar Biologia, tendo terminado o curso em 1989. Foi professor na Universidade Eduardo Mondlane durante cinco anos. Depois formou uma empresa de estudos de impacto ambiental onde trabalha como diretor até ao momento. Como biólogo percorreu a savana e a floresta do seu país e manteve intensos e prolongados contactos com os povos e as culturais rurais de Moçambique.
Publicou mais de 30 livros que estão traduzidos e editados em outros tantos países. Os seus livros cobrem diversos géneros desde o romance, à poesia, desde os contos ao livro infantil. Recebeu dezenas de prémios na sua carreira, incluindo — por duas vezes — o Prémio Nacional de Literatura, o prémio Camões e o prémio Neustad, considerado o prémio Nobel norte-americano. O ano passado foi finalista de um dos mais prestigiados galardões internacionais, o Man Booker Prize. O seu romance Terra Sonâmbula foi considerado por um júri internacional reunido no Zimbabwe como um dos 10 melhores livros africanos do século xx. É membro da Academia Brasileira de Letras.
Em 2017 foi agraciado em Maputo com o título Doutor Honoris Causa. Desde 1987 colabora com grupos de teatro, havendo múltiplas adaptações de contos e romances para teatro e cinema tanto em Moçambique como no estrangeiro. Foi um dos criadores do primeiro grupo de teatro profissional em Moçambique, o Mutumbela Gogo.
Juntamente com os seus dois irmãos criou, em 2015, uma associação cultural, a Fundação Fernando Leite Couto, em homenagem ao seu pai, que foi um poeta de renome em Moçambique e dedicou toda a sua vida à promoção da escrita e da leitura entre os jovens moçambicanos.
É casado com a médica Patrícia Silva e tem três filhos, todos eles vivendo e trabalhando em Maputo.
Uma entrevista de vida a Mia Couto, com registo informal
Mia Couto nasceu em 1955 na cidade da Beira, província de Sofala. Viveu nessa cidade até aos 17 anos, altura em que foi para Lourenço Marques para estudar Medicina. Interrompeu o curso em 1974 para se juntar à Frente de Libertação de Moçambique e iniciar a carreira de jornalista. Desempenhou cargos de direção em vários jornais e revistas moçambicanas. Foi diretor do jornal Notícias até 1985.
Por sua iniciativa regressou à Universidade para estudar Biologia, tendo terminado o curso em 1989. Foi professor na Universidade Eduardo Mondlane durante cinco anos. Depois formou uma empresa de estudos de impacto ambiental onde trabalha como diretor até ao momento. Como biólogo percorreu a savana e a floresta do seu país e manteve intensos e prolongados contactos com os povos e as culturais rurais de Moçambique.
Publicou mais de 30 livros que estão traduzidos e editados em outros tantos países. Os seus livros cobrem diversos géneros desde o romance, à poesia, desde os contos ao livro infantil. Recebeu dezenas de prémios na sua carreira, incluindo — por duas vezes — o Prémio Nacional de Literatura, o prémio Camões e o prémio Neustad, considerado o prémio Nobel norte-americano. O ano passado foi finalista de um dos mais prestigiados galardões internacionais, o Man Booker Prize. O seu romance Terra Sonâmbula foi considerado por um júri internacional reunido no Zimbabwe como um dos 10 melhores livros africanos do século xx. É membro da Academia Brasileira de Letras.
Em 2017 foi agraciado em Maputo com o título Doutor Honoris Causa. Desde 1987 colabora com grupos de teatro, havendo múltiplas adaptações de contos e romances para teatro e cinema tanto em Moçambique como no estrangeiro. Foi um dos criadores do primeiro grupo de teatro profissional em Moçambique, o Mutumbela Gogo.
Juntamente com os seus dois irmãos criou, em 2015, uma associação cultural, a Fundação Fernando Leite Couto, em homenagem ao seu pai, que foi um poeta de renome em Moçambique e dedicou toda a sua vida à promoção da escrita e da leitura entre os jovens moçambicanos.
É casado com a médica Patrícia Silva e tem três filhos, todos eles vivendo e trabalhando em Maputo.