Programa Literário Dia 27 novembro
Pavilhão de Portugal | Entrevista |
Convidado: Lídia Jorge
Convidado: Pablo Raphaël
(ver+)
Lídia Jorge é uma escritora representativa da geração da Literatura Portuguesa surgida depois da Revolução. Tendo vivido os períodos da repressão e da Guerra Colonial, bem como os anos da integração europeia, a sua obra é fortemente marcada pelas mudanças sociais e políticas do país, a que associa uma escrita de forte acento psicológico e poético. O seu primeiro livro, publicado em 1980, Dia dos Prodígios, marcou, com outros editados no mesmo ano, uma viragem na forma de narrar na literatura portuguesa. Depois desse livro de estreia, sucederam-se outros títulos, mas seria com A Costa dos Murmúrios (1988), romance que dá eco da sua vivência da guerra em África, que Lídia Jorge se tornaria reconhecida internacionalmente. Dos romances que se seguiram, destacam-se O Vale da Paixão (1998), O Vento Assobiando nas Gruas (2002), Combateremos a Sombra (2007) e A Noite das Mulheres Cantoras (2011). Em 2014 publicou Os Memoráveis, uma revisitação aos tempos da Revolução dos Cravos, considerada uma obra emblemática no género, pelo poder efabulador sobre um momento histórico recente. Já o seu último romance, Estuário (2018), um livro sobre a vulnerabilidade de uma família, interpela o sentido da civilização e do futuro.
Além de romance, Lídia Jorge tem publicado ensaio, crónica, teatro, vários volumes de contos e livros para a infância. A sua obra tem sido objeto de encenações teatrais, e o romance A Costa dos Murmúrios foi adaptado para cinema pela realizadora Margarida Cardoso em 2004. Tem recebido diversos prémios. Entre outros, o Prémio Cidade de Lisboa, o Prémio Dom Dinis, o Prémio Ficção do Pen Club, o Prémio Correntes d’Escritas, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, ou o Grande Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores Millennium BCP pelo conjunto da sua obra. Recebeu o Prémio Vergílio Ferreira e o Prémio Urbano Tavares Rodrigues na sequência da publicação de Os Memoráveis. O Prémio Jean Monet de Literatura Europeia — Escritor Europeu do Ano 2000, e a primeira edição do Prémio ALABATROS da Fundação Günter Grass, em 2006. Em 2015 foi-lhe atribuído o Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura. Os seus livros encontram-se traduzidos em vinte línguas. Em língua espanhola, Lídia Jorge está publicada pelas Ediciones Alfaguara, Seix Barral, La Umbria & La Solana e Ediciones Uniandes. Em 2013, Le Magazine Littéraire incluiu-a entre as «dez grandes vozes da literatura estrangeira».
Lídia Jorge é uma escritora representativa da geração da Literatura Portuguesa surgida depois da Revolução. Tendo vivido os períodos da repressão e da Guerra Colonial, bem como os anos da integração europeia, a sua obra é fortemente marcada pelas mudanças sociais e políticas do país, a que associa uma escrita de forte acento psicológico e poético. O seu primeiro livro, publicado em 1980, Dia dos Prodígios, marcou, com outros editados no mesmo ano, uma viragem na forma de narrar na literatura portuguesa. Depois desse livro de estreia, sucederam-se outros títulos, mas seria com A Costa dos Murmúrios (1988), romance que dá eco da sua vivência da guerra em África, que Lídia Jorge se tornaria reconhecida internacionalmente. Dos romances que se seguiram, destacam-se O Vale da Paixão (1998), O Vento Assobiando nas Gruas (2002), Combateremos a Sombra (2007) e A Noite das Mulheres Cantoras (2011). Em 2014 publicou Os Memoráveis, uma revisitação aos tempos da Revolução dos Cravos, considerada uma obra emblemática no género, pelo poder efabulador sobre um momento histórico recente. Já o seu último romance, Estuário (2018), um livro sobre a vulnerabilidade de uma família, interpela o sentido da civilização e do futuro.
Além de romance, Lídia Jorge tem publicado ensaio, crónica, teatro, vários volumes de contos e livros para a infância. A sua obra tem sido objeto de encenações teatrais, e o romance A Costa dos Murmúrios foi adaptado para cinema pela realizadora Margarida Cardoso em 2004. Tem recebido diversos prémios. Entre outros, o Prémio Cidade de Lisboa, o Prémio Dom Dinis, o Prémio Ficção do Pen Club, o Prémio Correntes d’Escritas, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, ou o Grande Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores Millennium BCP pelo conjunto da sua obra. Recebeu o Prémio Vergílio Ferreira e o Prémio Urbano Tavares Rodrigues na sequência da publicação de Os Memoráveis. O Prémio Jean Monet de Literatura Europeia — Escritor Europeu do Ano 2000, e a primeira edição do Prémio ALABATROS da Fundação Günter Grass, em 2006. Em 2015 foi-lhe atribuído o Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura. Os seus livros encontram-se traduzidos em vinte línguas. Em língua espanhola, Lídia Jorge está publicada pelas Ediciones Alfaguara, Seix Barral, La Umbria & La Solana e Ediciones Uniandes. Em 2013, Le Magazine Littéraire incluiu-a entre as «dez grandes vozes da literatura estrangeira».