João Pinto Coelho
BIO (3.ª pessoa)
João Pinto Coelho nasceu em Londres em 1967. Frequentou Belas-Artes e licenciou-se em Arquitetura, tendo passado algumas temporadas nos EUA, onde chegou a trabalhar num teatro profissional perto de Nova Iorque. Viveu a maior parte da sua vida em Lisboa, residindo atualmente numa aldeia do norte de Portugal.
Em 2017, venceu o Prémio LeYa com o romance Os Loucos da Rua Mazur. A narrativa parte de um acontecimento verídico ocorrido na Polónia ocupada por soviéticos e nazis, ao descrever o massacre da comunidade judaica de Jedwabne. Por altura da sua publicação, o romance e o seu autor foram alvos de um ataque violento por parte da imprensa polaca, por ter sugerido o envolvimento de cidadãos desse país na perseguição aos judeus durante o período do Holocausto. Motivou igualmente uma carta aberta do Embaixador da República da Polónia em Lisboa, na qual as opiniões públicas do autor sobre o assunto voltam a ser contestadas. Na resposta, Pinto Coelho reafirmou aquilo que disse e escreveu, e, apesar da crescente polémica, continua a bater-se contra o revisionismo e institucionalização da verdade histórica que se verifica na Polónia e que deu origem à recente lei que criminaliza qualquer um — nacional ou estrangeiro — que proponha versões divergentes à versão oficial da História.
O interesse de João Pinto Coelho pelo tema do extermínio dos judeus na Europa tem mais de trinta anos. Em 2009 e 2011 integrou duas ações do Conselho da Europa em Auschwitz (Oswiécim), trabalhando de perto com diversos investigadores do Holocausto e tendo realizado várias intervenções públicas sobre a matéria. Nesse mesmo período, concebeu e implementou o projecto Auschwitz in 1st Person / A Letter to Meir Berkovich, que juntou jovens portugueses e polacos e o levou de novo à Polónia, às ruas de Oswiécim e aos campos de concentração e de extermínio. É nesse ambiente que decorre o seu primeiro romance, Perguntem a Sarah Gross, finalista do Prémio LeYa em 2014, nomeado para Melhor Livro de Ficção Narrativa em 2015 pela Sociedade Portuguesa de Autores e escolhido para representar Portugal, em 2016, no Festival do Primeiro Romance de Chambéry. Nesse livro, Pinto Coelho conta a história de Oswiécim no período entre guerras, e de como se transforma uma cidade feliz no símbolo material mais eloquente do Holocausto nazi: Auschwitz.
Desde 2015, o autor tem percorrido dezenas de escolas de norte a sul do país para falar desta temática e da forma como a ficção literária se situa perante o grande desastre humano.
BIO (1.ª pessoa)
Nasci em Londres, em 1967, e vivo em Lisboa. Sou arquiteto, professor, e, por um acaso qualquer, trabalhei num teatro profissional perto de Nova Iorque. Com 43 anos comecei a escrever a primeira linha de ficção. Assim nasceu Perguntem a Sarah Gross, finalista do Prémio LeYa em 2014, nomeado para Melhor Livro de Ficção de 2015 pela Sociedade Portuguesa de Autores, representante de Portugal no Festival de Chambéry. Nesse livro, conto a história de Oswiécim e de como se transforma uma cidade feliz no símbolo mais eloquente do Holocausto nazi: Auschwitz.
Em 2017, venci o Prémio LeYa com Os Loucos da Rua Mazur, inspirado num facto verídico ocorrido na Polónia ocupada por soviéticos e nazis: o massacre da comunidade judaica de Jedwabne. O atrevimento valeu-me o ataque feroz da imprensa polaca, já que denunciei o envolvimento de cidadãos desse país na perseguição aos judeus durante o Holocausto. Mais tarde, numa carta aberta, o Embaixador da Polónia em Lisboa juntou-se ao coro da indignação. Resta-me reafirmar o que disse e escrevi, e continuar a bater-me contra o revisionismo e institucionalização da verdade histórica que se verifica na Polónia e que deu origem à recente lei que criminaliza quem contraria a versão oficial da História.
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16:00H | Apresentação de livro de Ricardo Araújo Pereira
Programa Literário Dia 24 novembro
Pavilhão de Portugal | Apresentação |
Convidados: Ricardo Araújo Pereira / Jerónimo Pizarro
(ver+)
Ricardo Araújo Pereira nasceu em Lisboa, em 1974. Licenciado em Comunicação Social pela Universidade Católica, começou a sua carreira como jornalista no Jornal de Letras. É guionista desde 1998. Em 2003, com Miguel Góis, Zé Diogo Quintela e Tiago Dores, formou o grupo humorístico Gato Fedorento. Escreve semanalmente na revista Visão (Portugal) e no jornal Folha de S. Paulo (Brasil) e é um dos elementos do programa da TSF/TVI24 «Governo Sombra».
Com a Tinta-da-china, publicou cinco livros de crónicas — Boca do Inferno (2007), Novas Crónicas da Boca do Inferno (Grande Prémio de Crónica APE), A Chama Imensa (2010) e Novíssimas Crónicas da Boca do Inferno (2013) e Reaccionário com Dois Cês (2017) —, além de Mixórdia de Temáticas (2012) e Mixórdia de Temáticas — Série Miranda (2014), que reúnem os guiões do programa radiofónico, e um ensaio: A Doença, o Sofrimento e a Morte Entram num Bar (2016, também publicado no Brasil). No Brasil está ainda publicada a coletânea de crónicas Se não entenderes eu conto de novo, pá (Tinta-da-china, 2012).
Coordena a colecção de Literatura de Humor, que integra autores como Charles Dickens, Denis Diderot e Jaroslav Hasek.
É o sócio n.º 12 049 do Sport Lisboa e Benfica.
19:30H | Pessoa 136 vezes
Programa Literário Dia 28
Pavilhão de Portugal | Masterclass |
Convidados: Jerónimo Pizarro
(ver+)
Fernando Pessoa multiplicou-se como ninguém, tal como um dramaturgo, se contarmos como alter-egos de um autor as dramatis personae de algumas peças. Mas Pessoa não foi apenas dramaturgo, e foi fora do âmbito do teatro que inventou pelo menos 136 autores fictícios. Nesta apresentação, dedicada ao prisma-Pessoa, discutir-se-á a multiplicidade da obra do escritor português e procurar-se-á, de forma sintética, dar uma visão de conjunto da mesma. Pessoa disse: «Sejamos múltiplos, mas senhores da nossa multiplicidade». E, de facto, ele próprio foi múltiplo e senhor de um «drama em gente» digno de Pirandello e de outros «senhores da nossa multiplicidade». Conhecer Pessoa começa por conhecer quem foi e quem não foi, personalizado e despersonalizado, existindo e «desexistindo», na realidade e nos sonhos, esse escritor a quem Octavio Paz chamou «el desconocido de sí mismo».
17:00H | Entrevista a João Pinto Coelho
Programa Literário 1 Dezembro
Pavilhão de Portugal | Entrevista |
Convidados: João Pinto Coelho
Moderação: Luísa Mellid Franco
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Uma entrevista de vida a Entrevista a João Pinto Coelho, com registo informal.
João Pinto Coelho nasceu em Londres em 1967. Frequentou Belas-Artes e licenciou-se em Arquitetura, tendo passado algumas temporadas nos EUA, onde chegou a trabalhar num teatro profissional perto de Nova Iorque. Viveu a maior parte da sua vida em Lisboa, residindo atualmente numa aldeia do norte de Portugal.
Em 2017, venceu o Prémio LeYa com o romance Os Loucos da Rua Mazur. A narrativa parte de um acontecimento verídico ocorrido na Polónia ocupada por soviéticos e nazis, ao descrever o massacre da comunidade judaica de Jedwabne. Por altura da sua publicação, o romance e o seu autor foram alvos de um ataque violento por parte da imprensa polaca, por ter sugerido o envolvimento de cidadãos desse país na perseguição aos judeus durante o período do Holocausto. Motivou igualmente uma carta aberta do Embaixador da República da Polónia em Lisboa, na qual as opiniões públicas do autor sobre o assunto voltam a ser contestadas. Na resposta, Pinto Coelho reafirmou aquilo que disse e escreveu, e, apesar da crescente polémica, continua a bater-se contra o revisionismo e institucionalização da verdade histórica que se verifica na Polónia e que deu origem à recente lei que criminaliza qualquer um — nacional ou estrangeiro — que proponha versões divergentes à versão oficial da História.
O interesse de João Pinto Coelho pelo tema do extermínio dos judeus na Europa tem mais de trinta anos. Em 2009 e 2011 integrou duas ações do Conselho da Europa em Auschwitz (Oswiécim), trabalhando de perto com diversos investigadores do Holocausto e tendo realizado várias intervenções públicas sobre a matéria. Nesse mesmo período, concebeu e implementou o projecto Auschwitz in 1st Person / A Letter to Meir Berkovich, que juntou jovens portugueses e polacos e o levou de novo à Polónia, às ruas de Oswiécim e aos campos de concentração e de extermínio. É nesse ambiente que decorre o seu primeiro romance, Perguntem a Sarah Gross, finalista do Prémio LeYa em 2014, nomeado para Melhor Livro de Ficção Narrativa em 2015 pela Sociedade Portuguesa de Autores e escolhido para representar Portugal, em 2016, no Festival do Primeiro Romance de Chambéry. Nesse livro, Pinto Coelho conta a história de Oswiécim no período entre guerras, e de como se transforma uma cidade feliz no símbolo material mais eloquente do Holocausto nazi: Auschwitz.
Desde 2015, o autor tem percorrido dezenas de escolas de norte a sul do país para falar desta temática e da forma como a ficção literária se situa perante o grande desastre humano.