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José Eduardo Agualusa

BIO (3.ª pessoa)

José Eduardo Agualusa (Alves da Cunha) nasceu no Huambo, Angola, em 1960. Estudou agronomia e silvicultura e foi jornalista. Publicou até agora 13 romances, e diversas coletâneas de contos e de poesia. Os seus livros estão traduzidos em mais de 30 idiomas. Um dos seus romances, O Vendedor de Passados, ganhou o Independent Foreign Fiction Prize, em 2004. Teoria Geral do Esquecimento foi finalista do Man Booker International, em 2016, e vencedor do International Dublin Literary Award, em 2017. José Eduardo Agualusa divide o seu tempo entre a Ilha de Moçambique, no norte de Moçambique, e Lisboa, em Portugal. Tem três filhos.

BIO (1.ª pessoa)

Nasci a dois mil metros de altitude, na cidade do Huambo, no coração de Angola, mas quando penso na minha infância vejo sempre o mar. Vivi em Luanda, em Lisboa, em Olinda, no Rio de Janeiro e em Berlim. Nos últimos anos passo mais tempo numa pequena ilha-cidade moçambicana assente sobre corais, a Ilha de Moçambique, onde escrevo, nado e crio uma filha chamada Kianda. Tenho outros dois filhos: uma menina de 14 anos, que vive em Luanda, chamada Vera Regina e um rapaz de 21, chamado Carlos Manuel, que estuda cinema em Kent, no Reino Unido.

Comecei a escrever para tentar compreender o meu país. Continuei a escrever porque queria compreender as pessoas. Não tive muito sucesso, mas pelo menos diverti-me — e ainda me divirto.

Além de escrever e de nadar, gosto de cozinhar para os amigos.

Gosto de viajar no tempo, e de fotografar as pessoas e paisagens que vou encontrando. Infelizmente, viajar no tempo tem um preço: os viajantes acabam adoecendo. A essa doença chamamos velhice, e disso não gosto. Gostaria de continuar a viajar no tempo, até pelo menos ao ano 3000, mas sem envelhecer. Espero conseguir.

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17:30H | Nascidos para derrubar muros

Programa Literário 27 novembro

Salão 1 | Conversa |

Convidados: Dulce Maria Cardoso / José Eduardo Agualusa

Moderação: José Manuel Fajardo

(ver+)
Há uma geração de escritores portugueses que viveram alguns dos momentos mais decisivos rumo à construção de uma sociedade mais livre e paritária. São escritores que viram cair muros dentro e fora de portas, avanços civilizacionais como não se imaginava, mas que continuam a fazer por derrubar os muros que resistem. Dulce Maria Cardoso e José Eduardo Agualusa são dessa geração que tanto assistiu ao fim do regime ditatorial português, como à queda do muro de Berlim. Autores que se envolvem na luta por um mundo menos injusto e mais sustentável. Autores que enfrentam com coragem alguns dos temas mais sensíveis do nosso tempo, como o repatriamento de quase meio milhão de pessoas das ex-colónias africanas para Portugal ou a dificuldade na consolidação de regimes democráticos. Resta saber que força ainda resta aos escritores para derrubar os muros que faltam, como o da intolerância, da segregação, da corrupção, da falta de paridade entre homens e mulheres ou da violência doméstica.