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Maria da Conceição Lopes

BIO (3.ª pessoa)

Maria da Conceição Lopes é professora da Universidade de Coimbra, no Instituto de Arqueologia, desde 1987, e da pós-graduação em Arqueologia Social inclusiva da Universidade Regional do Cariri (URCA), Brasil, desde 2017.

É coordenadora do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património (UID FCT 281) desde 2002.

Arqueóloga e investigadora sobre a dinâmica das cidades, tem orientado a investigação para as paisagens históricas urbanas, em Portugal, África e Oriente Próximo.

Desde 2010 que coordena o projecto Arqueologia das Cidades de Beja — onde a cidade se encontra com a sua construção —, no qual privilegia a resposta aos desafios de reinvenção das cidades históricas, convocando a comunidade à participação na leitura dos arquivos da terra e à divulgação e usufruto  do seu conteúdo.

Empenhada na compreensão da complexidade dos processos sociais de transmissão da herança e da construção de identidades, dirige a pesquisa para os espaços de encontros culturais, nos quais acredita se albergarem legíveis as formas mais extraordinárias e evoluídas dessas heranças longínquas no tempo.

Liderou a equipa portuguesa da Universidade de Coimbra que integrou o ECUMS (European Centre for Upper Mesopotamian Studies) e escavou na Síria, em Tell Beydar, uma cidade do III milénio a. C, entre 2008 e 2011.

Dirigiu, como perita convidada, a equipa portuguesa que integrou a equipa internacional de arqueólogos solicitada pela UNESCO para colaborar com Angola na escavação de Mbanza Kongo, visando a inscrição da capital do reino do Kongo na lista Património Mundial.

Participa com academias e ONG’S em iniciativas diversas e em projectos nacionais e internacionais, orientados para a valorização do património como alavanca do desenvolvimento inteligente e sustentável.

Curadora de exposições e partidária da participação orgânica das comunidades locais na criação das iniciativas de divulgação do seu património passado, desenvolveu o conceito de Museu Vivo, expondo peças arqueológicas autênticas em locais de uso público diário, de acordo com indicação da comunidade.

Proferiu, como convidada, numerosas palestras, sobre arqueologia e património e esteve presente em centenas de encontros científicos sobre as mesmas temáticas.

Arqueóloga de terreno, encontrou na paisagem um fundo de investigação e, em parceria, patrocinou os fundamentos teóricos e metodológicos e o ensino da Arqueogeografia, disciplina científica inovadora para o estado da dinâmica das paisagens.

Publicou vários livros e artigos tendo desde cedo aderido às novas tecnologias; haveria de publicar, em 1992, o trabalho pioneiro de uso de informática aplicada às cerâmicas arqueológicas.

A poesia primeiro; a arte depois; os livros e a música, o rádio e a rua, de preferência o campo, acompanham o percurso pessoal e sustentam a retaguarda de uma investigação inquieta que experimenta no cavado passado das lentas terras aplanadas e quentes do Baixo Alentejo a emoção de se construir livre.

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