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Pedro Serra

BIO (3.ª pessoa)

Pedro Serra (Portugal, 1969), professor catedrático da Universidade de Salamanca, vem desenvolvendo investigação nos seguintes âmbitos das artes e humanidades: literatura clássica dos séculos XVI-XVIII (prosa, teatro e poesia), literatura portuguesa moderna e contemporânea dos séculos XIX e XX (romance e poesia), literatura brasileira e estudos fílmicos. Editor de textos clássicos da literatura portuguesa (Gil  Vicente, D. Francisco Manuel de Melo, António Dinis da Cruz e Silva), publicou diferentes estudos sobre teoria poética portuguesa e brasileira (Fernando Pessoa, Ruy Belo, Herberto Helder, António Ramos Rosa, Luiza Neto Jorge, Ana Hatherly, Armando Silva Carvalho, António Franco Alexandre, Nuno Júdice, Luís Quintais, Carlos Drummond de Andrade, Francisco Alvim, José Almino, Paulo Henriques Britto e Carlito de Azevedo); sobre poesia espanhola (Leopoldo María Panero, Aníbal Núñez, Fernando Merlo, Antonio Gamoneda, Luis Javier Moreno e Juan Antonio González Iglesias) e catalã (María Mercè-Marçal). A revisão crítica das noções de ‘estilo tardio’ (Adorno, Saïd), ‘escrita lisérgica’ e ‘subitaneidade’ (Bohrer) têm mobilizado as suas reflexões sobre teoria poética. Escreveu, igualmente, sobre narrativa portuguesa contemporânea (Almeida Garrett, Eça de Queirós, Carlos de Oliveira, Augusto Abelaira ou Maria Judite de Carvalho) e espanhola (Miguel Espinosa); sobre literatura comparada portuguesa e espanhola (prosa doutrinal ibérica dos séculos XVI e XVII,

romance peninsular tardo-moderno); e, ainda, sobre estudos pós-coloniais, tendo traduzido, para a língua portuguesa, Orientalismo de Edward Saïd. Mais recentemente, vem dedicando investigação aos estudos interartísticos, focalizando, sobretudo, as relações entre cinema e literatura (João César Monteiro, Fernando Lopes, Jaime Chávarri, Victor Erice, Isaki Lacuesta ou Agnès Varda); e, por último, às materialidades da comunicação, prestando especial atenção à inscrição e representação figural da ‘voz’ e do ‘avatar’ na literatura e noutros meios. Entre outros livros, é autor de Um Nome Para Isto. Leituras da Poesia de Ruy Belo (Coimbra, 2003), Romance & Filologia. Almeida Garrett, Eça de Queirós e Carlos de Oliveira (São Paulo, 2004), Estampas del imperio. Del barroco a la modernidad tardía en Portugal (Madrid, 2012), editou o volume Devastación de sílabas (Salamanca, 2013), dedicado a Nuno Júdice – XXII Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana –, e co-editou, com Osvaldo M. Silvestre, Século de Ouro. Antologia Crítica da Poesia Portuguesa do Século XX (Lisboa/Coimbra, 2002).

BIO (1.ª pessoa)

A minha formação universitária decorreu, numa primeira etapa, na FCSH da U. Nova de Lisboa, instituição onde obtive os graus de licenciado (1990) e mestre (1994) em Estudos Anglo-Portugueses, tendo desenvolvido investigação de teor comparatista, orientado por Maria Leonor Carvalhão Buescu, que incidiu sobre a recepção de D. Francisco Manuel de Melo (1608-1666) em Inglaterra nos finais do século XVII.

Incorporei-me à Universidade de Salamanca em 1994 – depois de um período na Universidade da Madeira como docente de literatura inglesa e norte-americana, tutelado por Maria Irene Ramalho de Sousa Santos –, e foi já na instituição salmantina que prossegui a pesquisa para a obtenção do grau de doutor (1997). Orientado por Ángel Marcos de Dios, a minha tese centrou-se nos fundamentos teórico-metodológicos dos estudos de literatura comparada de que Fidelino de Figueiredo (1888-1967) foi pioneiro em Portugal. Na USAL, onde sou professor catedrático, leciono literatura portuguesa, literatura comparada portuguesa e espanhola e, desde 2009, literatura brasileira. Integro o corpo docente do doutoramento em Materialidades da Literatura da U. de Coimbra, e fui professor visitante na UNICAMP (Brasil) e na UCSB (EUA). Publiquei livros, capítulos livros e artigos sobre literatura barroca, poesia e romance contemporâneos em línguas portuguesa e espanhola.

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18:30H | Literatura ambulante: letras portuguesas no México e países da América Latina

Programa Literário 26 novembro

Salão 1 | Masterclass |

Convidado: Pedro Serra

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Modalidade temporal que determina quer uma vivência quer um pensamento do moderno, o instante subitâneo proporciona-nos uma possível figura do contacto de diferentes poetas latino-americanos de língua espanhola com textos de Pessoa e Camões. Neste sentido, a minha conferência visa interrogar as valências heurísticas e hermenêuticas do acontecimento estético para a conformação de um arquivo futuro das margens de uma modernidade tardia.