A nova etapa do PNL para 2017-2027 (PNL 2027) pretende apoiar e fomentar programas especialmente vocacionados para favorecer a integração social através da leitura, em diferentes suportes; a formação dos diferentes segmentos da população — crianças, jovens e adultos; a inclusão de pessoas com necessidades específicas; o desenvolvimento articulado de uma cultura científica, literária e artística; e, ainda, o acesso ao saber e à cultura com recurso às tecnologias de informação e comunicação. No âmbito das suas atribuições compete às áreas das autarquias locais, da cultura, da ciência, tecnologia e ensino superior e da educação, o desenvolvimento de uma política integrada de promoção da leitura e da escrita e das múltiplas literacias, nomeadamente, a cultural, a científica e a digital. Para este fim, concorrem diretamente o Programa de Promoção da Leitura, a Rede de Centros de Ciência Viva, a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, a Rede de Bibliotecas Escolares e as bibliotecas das instituições do ensino superior.
Pedro Mexia é um dos mais importantes poetas e diaristas portugueses (além de cronista, crítico literário, opinion-maker). De há uns anos a esta parte, é também editor da coleção de poesia da Tinta da China, editora fundada há mais de uma década por Bárbara Bulhosa. Numa área com fama de pé frio, no seio do mercado editorial, esta coleção de poesia tem-se destacado pela diferença e qualidade no mercado editorial português. Com um aparato gráfico e bom gosto irrepreensível, uma das imagens de marca da editora, esta coleção já revelou novos nomes, apostou em vozes consagradas e, espante-se, conseguiu o quase inédito fenómeno da reimpressão. Quais são os critérios de escolha de Pedro Mexia? O que levou Bárbara Bulhosa a criar uma colecção de um género em que as tiragens raramente passam dos três dígitos, mesmo quando estamos a falar de vozes consagradas?
Apresentação da língua portuguesa enquanto língua pluricêntrica, multicultural e ativo económico.
Apresentação dos fatores que potenciam o valor de uma língua, nomeadamente: (i) o número de falantes; (ii) o lugar que o(s) país(es) que fala(m) uma determinada língua ocupa(m) no ranking da economia mundial; (iii) a imagem, as oportunidades de negócio geradas no âmbito da cooperação, da internacionalização, do investimento e trabalho; (iv) a ciência e a inovação tecnológicas desenvolvidas por esses países; (v) a representação que uma determinada língua tem em organismos internacionais; (vi) a presença na internet; (vii) a representação sociocultural que os outros têm dessa língua, o poder de atração das culturas por ela veiculadas; (vii) o poder de influência (soft power), expressão das suas culturas e (viii) o papel da economia, universidades e outros agentes económicos na promoção concertada da língua portuguesa.
Apresentação do Programa de Apoio à Edição do Camões, I.P, destinado a editoras estrangeiras que pretendem publicar obras de autores de língua portuguesa traduzidas noutros idiomas. O apoio é concedido em função das prioridades estabelecidas no plano de atividades do Instituto. O programa é divulgado anualmente por anúncio publicitado na página eletrónica do Instituto.
Apresentação dos Programas anuais de apoio da DGLAB: Tradução, Ilustração e Banda Desenhada Portuguesas e Edição no Brasil. Apoiam a tradução e/ou a edição de obras de autores portugueses e africanos de língua portuguesa. À exceção do Apoio à Edição no Brasil, que se destina exclusivamente a editoras brasileiras, aos outros dois programas pode candidatar-se qualquer editora estrangeira.
Com caráter muitas vezes supletivo, tem sido a grande missão da Imprensa Nacional, de Portugal, garantir que toda a população leitora tenha ao seu dispor as obras das grandes figuras do património literário português. Sem a pressão das folhas de cálculos e do lucro, é intenção da Imprensa Nacional, sempre que os privados não o fazem, garantir edições cuidadas e rigorosas dos grandes gigantes que ocupam o panteão literário e artístico português. Duarte Azinheira explicará quais são as melhores estratégias e como se dirige uma linha editorial que serve todos, do romance ao ensaio, da fotografia à história, da poesia à crítica literária, dos contemporâneos aos clássicos. Tem cabido à Imprensa Nacional esta cuidadosa curadoria presenteando os portugueses com edições de nomes há muito arredados das livrarias. Uma atividade que recentemente se estendeu a outros países de expressão portuguesa, alargando o perímetro de salvaguarda e estímulo do património literário lusófono.
Portugal sofreu uma enorme revolução na ilustração nos últimos anos. O aparecimento de uma nova e talentosa geração de ilustradores mudou radicalmente o cenário da edição portuguesa. Tal como uma porta que se fecha com violência, esta geração, de que António Jorge Gonçalves é um dos expoentes máximos, mostrou que a ilustração pode e deve ser mais do que um complemento figurativo, para passar a ter um papel de destaque, ombro a ombro com o texto. A ilustração quebrou também limites estéticos e de linguagem, apresentando mil e uma idiossincrasias gráficas. A este movimento espontâneo junta-se ainda o surgimento de um conjunto de editoras de literatura infantojuvenil que acompanharam este corte epistemológico na ilustração. Editoras que assumiram o risco de publicar títulos graficamente desafiantes e alternativos, como Adélia Carvalho da Tcharan, o Planeta Tangerina ou a Pato Lógico. É deste encontro de vontades que se fazem algumas das melhores páginas da ilustração portuguesa.
Uma conversa à volta dos roteiros de visita que sugerem a vida e a obra de poetas e escritores. A proposta de descobrir os lugares onde nasceram, viveram ou simplesmente se inspiraram alguns dos nomes da poesia e da literatura portuguesa. Lugares feitos de casas, cafés, livrarias, bibliotecas, cidades, aldeias ou de paisagens que ajudam a retratar um país que gosta de receber bem quem o visita.
Tal como a edição de poesia e de teatro, também a edição de livros de arte e fotografia (pelo caderno de encargos que traz consigo a nível gráfico) é muitas vezes preterido ou simplesmente desprezado. Saúde-se, aplauda-se mesmo, por isso estes dois editores que têm vindo a desenvolver um conjunto de linhas editoriais onde os livros de arte e fotografia estão presentes. Como se torna viável uma edição tão cuidada e meticulosa, e por consequência cara, num mercado tão pequeno como o português? E será assim tão diferente no México? Ao longo de cerca de uma hora, Duarte Azinheira, editor da Imprensa Nacional, e Deborah Holtz, editora da Trilce, irão discutir com quantos paus se faz uma cabana, ou melhor dito, com quanto de arte, engenho e uma dose de loucura se põe de pé uma linha editorial dedicada a um género tão amado, mas muito pouco estimulado.
Não foi há muito tempo que um ministro da cultura declarou que a língua portuguesa valeria mais do que muitas empresas cotadas na bolsa nacional. Não sabemos quanto vale cada ação da língua portuguesa, mas sabemos que está presente em praticamente todos os continentes, num universo de quase 300 milhões de pessoas. Num mundo em que a língua franca parece ser só o inglês, que lugar há para esta insistência em cultivar a língua portuguesa, trabalhando-a, publicando-a e, por maioria de razão, exportando-a como qualquer outro ativo? Zeferino Coelho é uma referência da língua portuguesa, tendo sido o grande editor do único Nobel da língua portuguesa, José Saramago. Francisco José Viegas, por outro lado, é igualmente editor, mas é também um premiado escritor de romances, diretor da principal revista literária portuguesa e ex-secretário de estado da cultura. Um encontro de amigos, um brinde à língua portuguesa.
Hace 20 años la Academia Sueca otorgó a José Saramago el Premio Nobel de Literatura. La noticia de que por primera vez un autor de lengua portuguesa alcanzaba el olimpo de las letras contagió de alegría a una legión de personas, no solo en su país, Portugal, y en España, tierra que había elegido para vivir, sino en el universo iberoamericano. Este libro trata de cómo el triunfo de Saramago fue celebrado como una conquista colectiva. Cuenta los días posteriores al anuncio -e incluso trae novedades sobre las horas anteriores a que la noticia fuera pública-, los muchos homenajes hechos al autor, la consagración en Estocolmo y revela los mensajes de felicitación que el escritor portugués recibió de lectores, autores, personalidades públicas y amigos.
Un país levantado en alegría se publica como libro complementario al Cuaderno del año del Nobel en una edición especial para celebrar los 20 años de Nobel, que dan cuenta de los días que por la agitación de los hechos Saramago no consignó, y que Ricardo Viel y la Fundación Saramago afortunadamente han reconstruido para nosotros.
«Me gustaría, cuando ya no esté, que Pilar organizara, para publicarlas, las cartas absolutamente extraordinarias, documentos humanos de una profundidad, belleza y emoción infrecuente, que me llegan de todas partes.» José Saramago
Se é verdade que se é tão autor quando se escreve em nome próprio, como quando se traduz, de que forma estes autores, que também são romancistas e poetas, olham para a tradução? Será que o poeta Vasco Gato tem uma relação pacífica com o tradutor Vasco Gato (e quando está a escrever, pergunta-se se aquele verso será muito difícil de traduzir)? E o professor António Carlos Cortez, que também é poeta e crítico literário, acha que um texto traduzido vale tanto com o seu original (e de que forma a crítica literária é afectada pela distinção entre original e tradução)? E o romancista Rui Zink que, já agora, até ensina os outros a escrever (é um dos grandes impulsionadores dos cursos de escrita criativa em Portugal), como olha para o texto traduzido, nomeadamente o seu?