© Direitos Reservados

Rui Vieira Nery

BIO (3.ª pessoa)

Rui Vieira Nery é musicólogo e historiador cultural. Nasceu em Lisboa em 1957 e é licenciado em História pela Faculdade de Letras de Lisboa e Doutorado em Musicologia pela Universidade do Texas em Austin. Professor de Ciências Musicais na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e diretor do Programa de Língua e Cultura Portuguesas na Fundação Calouste Gulbenkian, é autor de uma extensa bibliografia sobre temas de história da música portuguesa e ibero-americana publicada em oito línguas e desenvolve uma intensa atividade como conferencista em universidades e instituições culturais tanto em Portugal como em vários países europeus, nos Estados Unidos, no Brasil e na América Hispânica. Os seus temas de investigação incluem o maneirismo e o barroco, a música antiga ibérica e latino-americana, e a história da música popular urbana luso-brasileira nos séculos XIX e XX. É Académico Correspondente das Academias Portuguesa da História, Nacional de Belas Artes e da Marinha, e Membro do Parlamento Cultural Europeu e do Foro Iberoamerica. Foi agraciado, entre outras distinções, com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, a Medalha de Ouro da Câmara Municipal de Lisboa, o título de «Distinguished Alumnus» da Universidade do Texas em Austin, o título de Membro Honorário do Foro Iberoamericano de las Artes (Federación Iberoamericana de Artistas), o Prémio de Património Cultural Imaterial do Centro Internacional para la Preservación del Patrimonio e o Prémio Universidade de Coimbra. Desempenhou as funções de Secretário de Estado da Cultura no XIII Governo Constitucional. Foi Presidente da Comissão Científica da candidatura do Fado português à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade (UNESCO). Entre as suas publicações mais relevantes contam-se «Sínteses da Cultura Portuguesa: História da Música» (com Paulo Ferreira de Castro, 1992, edições em português, francês, inglês e mandarim),  «A Música no Brasil Colonial» (2001), o capítulo sobre Espanha, Portugal e América Latina em «History of Baroque Music», de George Buelow (2004), «Para uma História do Fado» (2004, edições em português, francês, italiano, inglês e polaco), «Fados para a República» (2010), «As Música Luso-Brasileiras no Final do Antigo Regime: Repertórios, Práticas e Representações» (com Maria Elizabeth Lucas, 2012) e «Os Sons da República» (2015).

BIO (1.ª pessoa)

Nasci em Lisboa há 61 anos. Estudei História na Universidade de Lisboa e Musicologia na Universidade do Texas em Austin e o meu trabalho como investigador, professor e divulgador incide sobretudo sobre o maneirismo e o barroco, a música antiga ibérica e latino-americana, e a história da música popular urbana luso-brasileira nos séculos XIX e XX. Gosto de me considerar um musicólogo atento ao contexto da história global e um historiador consciente do papel estruturante das práticas e representações musicais no conjunto da vida cultural, e por isso procuro adotar uma abordagem multidisciplinar da história da música que a integra na rede das demais expressões culturais e artísticas de cada período. Trabalho muito em particular sobre os processos das trocas e negociações musicais entre as diferentes culturas do triângulo atlântico na sequência da expansão colonial portuguesa e espanhola. E nesse contexto fascinam-me as constantes interações múltiplas e complexas entre músicas eruditas e tradições musicais populares no espaço ibero-americano desde o século XVI. Defendo uma história da música plural e alternativa, livre do modelo de referência único do repertório canónico dos mercados do concerto e do disco, que dê voz própria às diferentes culturas musicais tradicionalmente consideradas como periféricas.

Ver nome do convidado na programação

17:30H | Os poetas portugueses e o fado

Programa Literário 26 novembro

Salão 1 | Masterclass |

Convidados: Rui Vieira Nery / Maria do Rosário Pedreira

(ver+)
No fado – a canção que melhor traduz a alma portuguesa – a melodia é indissociável da palavra e, portanto, da poesia. As letras de fado podem ser de temática social, política, amorosa ou outra, e oscilam entre tonalidades trágicas, dramáticas e satíricas. Na presente conferência, o musicólogo e historiador cultural Rui Vieira Nery falará dos poetas populares do fado, desde a lírica improvisada da fase amadora e informal do género, a partir de meados do século XIX, até aos letristas profissionais das décadas de 1920 a 50, e a poetisa e letrista Maria do Rosário Pedreira dedicar-se-á aos poetas ditos eruditos, cujos textos, especialmente a partir dos anos 1950, com a intervenção de Amália Rodrigues – a grande diva do fado – passaram a constituir a base de muitos fados.