Programa Literário 1 Dezembro
Salão 1 | Conversa
Convidados: Mia Couto / Antonio Ortuño
(ver+)
Somos conscientemente enganados e abnegadamente gostamos de passar pela experiência. Uma e outra vez. Mitómanos, mentirosos, falsos, num jogo de enganos e espelhos, os escritores urdem a armadilha e nós deixamo-nos conduzir pela imaginação do escritor. Um engodo que conhecemos, e com o qual evoluímos desde o início dos tempos, e que continua a ser o motor de toda a ficção. Ao mesmo tempo há um discurso dos autores em nome de uma verdade literária, de uma autenticidade da autoria, de um regresso do quotidiano à literatura (na poesia, nos diários em forma de romance). Em que ficamos? O romance é a casa dos fingidores, ou, pelo contrário, é um espaço onde só a verdade garante uma relação forte com o leitor?
Como um monumento que se constrói ao longo de muitos anos, os escritores vão delineando, página a página, a sua teia de intrigas.
Somos conscientemente enganados e abnegadamente gostamos de passar pela experiência. Uma e outra vez. Mitómanos, mentirosos, falsos, num jogo de enganos e espelhos, os escritores urdem a armadilha e nós deixamo-nos conduzir pela imaginação do escritor. Um engodo que conhecemos, e com o qual evoluímos desde o início dos tempos, e que continua a ser o motor de toda a ficção. Ao mesmo tempo há um discurso dos autores em nome de uma verdade literária, de uma autenticidade da autoria, de um regresso do quotidiano à literatura (na poesia, nos diários em forma de romance). Em que ficamos? O romance é a casa dos fingidores, ou, pelo contrário, é um espaço onde só a verdade garante uma relação forte com o leitor?
Como um monumento que se constrói ao longo de muitos anos, os escritores vão delineando, página a página, a sua teia de intrigas.