Programa Foro FIL Dia 25 novembro
Conjunto de Artes Escénicas (Sala Plácido Domingo) | Concerto
Convidados: Toada de Portalegre
Há muito que Ricardo Ribeiro sonhava cantar a Toada de Portalegre, de José Régio, com música original do seu amigo e «mestre» Rabih Abou-Khalil.
Conhecemos há anos o cruzamento que o encontro destes dois músicos criou entre o fado e os ecos da tradição musical libanesa.
A melodia rouca na língua de Camões, no admirável fraseado de Ricardo Ribeiro, mistura-se com os arabescos melódicos e os ritmos compostos de Abou-Khalil.
Acompanhados pelo percussionista norte-americano Jarrod Cagwin e dirigidos por Jan Wierzba, estes contadores de histórias transportam-nos por fabulosas geografias.
Rabih Abou-Khalil
Nasceu no Líbano, em 1957. Tem mais de 20 CD editados em nome próprio e uma série deles como convidado. Já gravou com os maiores nomes do jazz, da música tradicional árabe e do universo da clássica.
Além de ser um dos mais destacados nomes do alaúde árabe, Abou-Khalil é também compositor, tendo escrito para orquestras como a BBC Symphonic Orchestra e a Frankfurt Modern Ensemble.
Em termos autorais, o seu trabalho mistura música tradicional árabe com jazz, rock e música erudita. Além disso, tornou-se famoso pela sua world music muito antes desse termo se tornar um rótulo.
Com Ricardo Ribeiro, Rabih editou Em Português pela prestigiada Enja Records, trabalho que tem marcado presença em vários festivais internacionais desde que foi lançado, em 2008.
Ricardo Ribeiro
Nasceu em Lisboa, em 1981. Participa desde 2001 em festivais nacionais e internacionais de música. Em 2004 lança o primeiro álbum, Ricardo Ribeiro, e participa no Tributo a Amália Rodrigues. Em 2005, integra o espetáculo Cabelo Branco é Saudade e recebe o prémio Revelação Masculina da Fundação Amália Rodrigues.
Em 2008 grava com o alaudista/compositor Libanês Rabih Abou-Khalil o álbum Em Português, eleito Top of the World Album pela revista inglesa SongLines. Em 2013 grava composições deste álbum com a Frankfurt Radio Big Band.
Entra nos filmes Fados, de Carlos Saura, Filme do Desassossego, de João Botelho, Rio Turvo, de Edgar Pêra, e no documentário O Rei sem Coroa, de Diogo Varela Silva. Participou em discos de Rui Veloso, Simone de Oliveira, Pedro Joia, Rão Kyao, João Gil ou Carlos do Carmo.
Em 2010 lança Porta do Coração, álbum disco de Ouro, eleito Top of the World Álbum pela revista britânica Songlines. No ano seguinte recebe o prémio de Melhor Intérprete Masculino, da Fundação Amália Rodrigues. Participa no ciclo de música Luso-Chinesa, com a Orquestra Chinesa de Macau e no Festival International de Musique Andalouse et Musique Ancienne, integrado na Capitale Islamique de la Culture 2011, em Tlemcen, Algéria.
Em 2012 colabora com a cantora Maria Jonas, a violetista Susanne Ansorg e o alaudista Fábio Accurso no concerto de música antiga Lágrimas de Saudade em Bielefeld, Alemanha.
Canta na Bienal de Veneza 2013 no jantar inaugural do pavilhão de Portugal concebido pela artista plástica Joana Vasconcelos.
Em 2013 sai o seu quinto álbum, Largo da Memória, pela antiga EMI, atual Warner, registo que também é Disco de Ouro e pelo qual é nomeado para a categoria de Melhor Artista pela revista de world music Songlines, no ano de 2015. Neste mesmo ano recebe a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique.
Hoje é assim, amanhã não sei editado em 2016 é apresentado pela primeira vez no Coliseu de Lisboa, e desde então apresentado em várias salas nacionais e festivais portugueses e estrangeiros sempre com as melhores críticas. Em fevereiro de 2017 é editado em França e, em maio do mesmo ano, chega ao mercado inglês, numa edição da Warner UK.
Com este trabalho, Ricardo Ribeiro é nomeado pela segunda vez para Melhor Artista pela revista Songlines e fica pela segunda vez entre os quatro finalistas.
Ainda em 2017, vive uma crescente internacionalização da sua carreira, não só com a edição internacional do seu último disco, mas também com os inúmeros concertos em festivais e salas internacionais. Ricardo Ribeiro é presença habitual em França, Bélgica, Marrocos, Estados Unidos e Canadá, Áustria, Inglaterra ou Rússia. No início de 2018 estreia-se em Teerão, capital do Irão, e vai pela primeira vez às Ilhas Canárias.
Paralelamente, o músico desenvolve outros projetos, continuando a sua bem-sucedida parceria com o alaudista Rabi Abou-Khalil ou aceitando o convite do CCB para a Carta Branca de 2017. Este repto deu origem ao espetáculo de Tributo a José Afonso, no qual o fadista se acerca de músicos de jazz como Mário Delgado (guitarras), Ricardo Toscano (saxofone) ou António Quintino (contrabaixo), e conta ainda com as percussões do americano Jarrod Cagwin (músico de Rabih Abou-Khalil). Filipe Raposo ajudou a construir o espetáculo, fazendo os arranjos dos temas escolhidos, e a direção musical. Este concerto já foi apresentado em Loulé, na véspera do 25 de abril e maio em Coimbra, no Convento de São Francisco.
2017 foi ainda o ano no qual Ricardo Ribeiro recebeu o Prémio Carlos Paredes, atribuído pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e recebeu uma Menção Honrosa no Prémio José Afonso, por parte da Câmara Municipal da Amadora.
Estreou igualmente o videoclipe de Fadinho Alentejano, segundo single do seu disco Hoje é assim, amanhã não sei que conta com a participação do humorista, ator e apresentador César Mourão e a jovem Diana Vilarinho, nos principais papéis. Este bonito videoclipe feito entre o estuário do Tejo e a planície Alentejana tem também a participação do coro de Cante Alentejano Os Ganhões de Castro Verde.
Ricardo Ribeiro continuará em tournée nos próximos meses, tanto em Portugal como no estrangeiro.
Jarrod Cagwin
Nascido em 1974 e criado no interior de Iowa, estado no centro do Estados Unidos, em 1992 recebeu uma bolsa de estudo para frequentar o Berklee College of Music em Boston, no Massachusetts. Jarrod esteve em contato direto com uma atmosfera musical deveras cosmopolita com estudantes vindos de todos os cantos do mundo. Nesta prestigiada instituição, Jarrod estudou percussão com o professor Jamey Haddad, tendo aprendido técnicas rítmicas da Índia, do Médio Oriente, Norte de África e Brasil. Em 1995, recebeu nova bolsa para estudar técnicas de percussão com Trichy Sankaran na Universidade de York em Toronto, Ontário no Canadá.
Depois de terminar o curso, e em 1996, mudou-se para Nova Iorque, onde atuou com várias formações musicais, tanto de pendor tradicional como mais contemporâneo.
Em 1999, Jarrod começou a trabalhar com o grupo de Rabih Abou-Khalil, e passado muito pouco tempo, acabou por se mudar para a Europa, onde desde então vive, ensina e toca. O norte-americano trabalha de perto com Eckermann Drums, em Viena de Áustria, com quem desenha tambores. Presentemente, Jarrod divide o seu tempo entre Istambul e a Europa Ocidental. É percussionista do cantor turco Sezen Aksu, bem como professor residente no Conservatório de Música de Istambul.
Em 2010, viu o seu método de treino rítmico One by One e a composição que o acompanha, 5 vor 7 vor 6, publicado pela Ensemble Modern Media. Jarrod Cagwin já tocou e gravou com músicos como Fahir Atakoğolu, Erkan Oğur, Derya Türkan, Bekir Ünlüataer, Joachim Kühn, Gvork Dabaghyan, Charlie Mariano, Michel Godard, Gabriele Mirabassi, Luciano Biondini, Ricardo Ribeiro, Dusko Goykovich, Mehmet Emin Bitmez, Kudsi Erguner, Jean-Luc Fillion, Dalia Faitelson, Ferenç Snetberger, Dave Bargeron, Antonio Hart, Howard Levy, Joe Beck, & Dave Samuels. É também artista convidado da Ensemble Modern e The Next Step Percussion Group, foi também solista convidado da BBC Orchestra, da Macedonian Symphony Orchestra e Bundesjungendorchester da Alemanha.
Cagwin dirige workshops de treino rítmico para músicos e bailarinos, por toda a Europa.
Jan Wierzba
Nascido em 1985 na Polónia e educado no Porto, Jan Wierzba é um dos mais promissores e versáteis diretores de orquestra da atualidade, destacando-se em repertório diversificado, desde a música antiga até à música contemporânea. Nutrindo interesse por diversas formas de expressão artística, apresentou-se em contexto sinfónico, sinfónico-coral e coral a cappella, trabalhando nas áreas do teatro e da ópera e em inúmeros projetos educativos.
É Director Artístico e Maestro Titular do Ensemble MPMP, da Orquestra Clássica do Centro e da Orquestra de Câmara de Almada, bem como Maestro Assistente da Netherlands Philharmonic Orchestra, em Amesterdão. Projetos recentes e futuros incluem programas com a Netherlands Philharmonic Orchestra, Real Filarmonia de Galicia, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Netherlands Chamber Orchestra, Orquestra Clássica do Centro, Orquestra Clássica de Espinho e Síntese GMC.
Foi Maestro Residente no Operosa Festival, que teve lugar na Sérvia e em Montenegro, e participou numa série de masterclasses com foco em ópera sob a tutoria de Carlo Rizzi, ao abrigo da rede ENOA (European Network for Opera Academies). Trabalhou com Bernard Haitink no Lucerne Festival Strings e foi Assistente de Maestro de Coro na Ópera Nacional Holandesa. Foi um dos cinco selecionados para a Masterclass em Direção de Orquestra com Mathias Pintscher, durante o Festival de Lucerna, um dos quinze jovens artistas convidados a participar na International Community Arts Academy, organizado em conjunto pela Filarmónica de Berlim, London Sympony Orchestra e Festival d’Aix-en-Provence, tendo também participado no workshop Opera in Creation durante o Festival d’Aix-en-Provence. Trabalhou como assistente de Joana Carneiro, Jac van Steen, Vassily Petrenko, Pedro Carneiro, Marc Tardue, Sir Andrew Davis e Juanjo Mena, tendo ainda trabalhado em masterclass com Neeme Jarvi, Jorma Panula, Juanjo Mena, Nicolas Pasquet, Sir Mark Elder e Paavo Jarvi, entre outros.
Enquanto bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, frequentou o grau de Konzertexamen na prestigiada Hochschule fur Musik Franz Liszt em Weimar, tendo estudado com Nicolas Pasquet e Ekhart Wycik, e terminou o Mestrado em Direção na Royal Northern College of Music (RNCM), onde estudou com Clark Rundell e Mark Heron. Licenciou-se em Direção de Orquestra pela Academia Nacional Superior de Orquestra sob a tutoria do Maestro Jean-Marc Burfin. É licenciado em Piano pela Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo no Porto, na classe de Constantin Sandu, e apresentou-se enquanto solista com orquestra, em recital a solo e em música de câmara.
Foi vencedor do 1.º Prémio em Música de Câmara do Prémio Jovens Músicos, do Mortimer Furber Prize for Conducting, do 3.º Prémio em Direção de Orquestra do Prémio Jovens Músicos e do prémio do Rotary Club da Foz atribuído a três dos melhores licenciados da ESMAE. Foi-lhe ainda atribuída a bolsa da Yamaha Music Foundation for Europe.
Orquesta Filarmonica de Jalisco | Marco Parisotto, Director Titular
La Orquesta Filarmónica de Jalisco es una de las más vibrantes orquestas en el panorama musical de Latinoamérica. Con una larga historia de tradición sinfónica y operística, celebró 100 años de existencia en el año 2015. La OFJ fue fundada en la ciudad de Guadalajara por uno de los más destacados compositores/directores de México, el Mtro. José Rolón. Una nueva y excitante era comenzó en el año 2014 con la nominación del Mtro. Marco Parisotto, uno de los más aclamados y notables directores en la escena mundial.
A lo largo de su célebre historia, la Filarmónica de Jalisco ha sido seleccionada por algunos de los más grandes compositores mexicanos, incluyendo Manuel M. Ponce, José Pablo Moncayo, Silvestre Revueltas, Carlos Chávez, Blas Galindo, Miguel Bernal Jiménez, y Julián Carrillo, para interpretar obras de su propia autoría, mismas que representan la esencia del repertorio sinfónico mexicano.
Afamados solistas y directores huéspedes a través de la ilustre historia de la orquesta, han incluido a luminarias como Claudio Arrau, Henryk Szerying, Mstislav Rostropovich, Jorge Bolet, Nicanor Zabaleta, Arthur Rubinstein, Ruggiero Ricci, Aram Khatchaturian, James Galway, Alfred Brendel,
Jean-Pierre Rampal, Narciso Yepes, Lilya Zilberstein, Neeme Jaarvi, entre otros. Grandes cantantes que han compartido el escenario con la OFJ han incluido voces legendarias como Luciano Pavarotti, Plácido Domingo, Sherrill Milnes, Francisco Araiza, Katia Riciarelli, Rolando Villazón, Jane Eaglen, Juan Diego Florez, Javier Camarena, Kurt Rydl, Ramón Vargas, Anna Netrebko, Michael Chioldi, Alfredo Daza y Elīna Garanča.
En 2015, como parte de la celebración de Centenario de la Tradición Orquestal en Jalisco, la OFJ realiza con gran éxito su primera gira internacional, invitada por el prestigioso Busan Maru International Music Festival. En 2016, la orquesta tuvo el honor de participar como orquesta sede del afamado Concurso Internacional de Canto Operalia, bajo la batuta del Mtro. Plácido Domingo. En ese mismo año, la agrupación fue invitada al prestigiado Festival Internacional Cervantino. En abril de 2017, la OFJ festejó el lanzamiento de su primer CD comercial, bajo el sello SONY Classical, además de realizar una exitosa gira por algunas de las salas de concierto más importantes de Berlín, Múnich, Essen y Viena, bajo la dirección de su Titular, el Mtro. Marco Parisotto, que fue aclamada por la prensa y el público; Asimismo, la OFJ realizó la primera visita en su historia a los Estados Unidos de América, con exitosos conciertos en Los Ángeles (Bovard Auditorium de la Universidad de Southern California) y, en San Francisco (Davies Symphony Hall), en el marco del prestigioso festival MEX AM.