ARTES CÉNICAS

| Lídia

Programa Artes Cénicas Dia 27 novembro

Conjunto de Artes Escénicas (sala 2) | Bailado
Convidados: Companhia Nacional de Bailado / Paulo Ribeiro / Luís Tinoco / José António Tenente / Nuno Meira

(ver+)
Desde Horácio, poeta latino do séc. I a.C., até aos nossos dias, Lídia é um nome maior de um personagem recorrente em toda a poesia europeia.
Na Literatura Portuguesa, Lídia foi inspiração para poetas como Almeida Garrett, Filinto Elísio, José Tolentino Mendonça, Natália Correia, Sophia de Mello Breyner Andresen, e escritores como José Saramago, mas é sobretudo a Ricardo Reis que ela ficará intimamente ligada.
Na poética deste heterónimo pessoano, Lídia, é um pretexto para fazer ouvir a sua própria voz. Ela é uma mulher sem direito a resposta, mas a quem ele aconselha o usufruir do tempo como o correr de um rio.
Com um tom sereno, como quem deve ensinar, ele convida: Vem sentar-te comigo, Lídia (…) /depois pensemos (…) que a vida passa e não fica, nada deixa e nunca regressa (…).
Estas são também as premissas de toda uma geração de Orpheu, à qual Ricardo Reis pertenceu.
Sem olhar para trás, e sem que a minha lembrança te arda ou te fira, Lídia é a sua companheira de viagem, uma viagem que se deseja sem dor e direcionada para o futuro do tempo, como o que a dança, simbolicamente, sempre percorre com os seus passos.
Paulo Ribeiro e Luís Tinoco serão os criadores deste futuro, que celebrará em Lídia o rio que, malgré tout, correrá sempre em direção ao mar.



| Lídia

Programa Artes Cénicas Dia 28 novembro

Conjunto de Artes Escénicas (sala 2) | Bailado
Convidados: Companhia Nacional de Bailado / Paulo Ribeiro / Luís Tinoco / José António Tenente / Nuno Meira

(ver+)
Desde Horácio, poeta latino do séc. I a.C., até aos nossos dias, Lídia é um nome maior de um personagem recorrente em toda a poesia europeia.
Na Literatura Portuguesa, Lídia foi inspiração para poetas como Almeida Garrett, Filinto Elísio, José Tolentino Mendonça, Natália Correia, Sophia de Mello Breyner Andresen, e escritores como José Saramago, mas é sobretudo a Ricardo Reis que ela ficará intimamente ligada.
Na poética deste heterónimo pessoano, Lídia, é um pretexto para fazer ouvir a sua própria voz. Ela é uma mulher sem direito a resposta, mas a quem ele aconselha o usufruir do tempo como o correr de um rio.
Com um tom sereno, como quem deve ensinar, ele convida: Vem sentar-te comigo, Lídia (…) /depois pensemos (…) que a vida passa e não fica, nada deixa e nunca regressa (…).
Estas são também as premissas de toda uma geração de Orpheu, à qual Ricardo Reis pertenceu.
Sem olhar para trás, e sem que a minha lembrança te arda ou te fira, Lídia é a sua companheira de viagem, uma viagem que se deseja sem dor e direcionada para o futuro do tempo, como o que a dança, simbolicamente, sempre percorre com os seus passos.
Paulo Ribeiro e Luís Tinoco serão os criadores deste futuro, que celebrará em Lídia o rio que, malgré tout, correrá sempre em direção ao mar.



| By Heart

Programa Artes Cénicas Dia 29 novembro

Conjunto de Artes Escénicas (sala 4) | Teatro
Convidados: Teatro Nacional D. Maria II / Tiago Rodrigues

(ver+)
By Heart
Em By Heart, Tiago Rodrigues ensina um poema a 10 pessoas. Essas 10 pessoas nunca viram o espetáculo e não faziam ideia que poema iam aprender de cor à frente do público. Enquanto os ensina, Tiago Rodrigues vai desfiando histórias sobre a sua avó quase-cega misturadas com histórias sobre escritores e personagens de livros que, de algum modo, estão ligados à sua avó e a ele próprio. Esses livros também estão lá, em palco, dentro de caixotes de fruta. E à medida que cada par de versos vai sendo ensinado ao grupo de 10 pessoas, vão emergindo ligações improváveis entre o vencedor do Nobel Boris Pasternak, uma cozinheira do norte de Portugal e um programa de televisão holandês chamado Beleza e Consolação. E o mistério da escolha do poema que as 10 pessoas decoram vai sendo esclarecido.
By Heart é uma peça sobre a importância da transmissão, do invisível contrabando de palavras e ideias que apenas guardar um texto na memória pode oferecer. É sobre um teatro que se assume como esse lugar de transmissão do que não pode ser medido em metros, euros ou bytes. É sobre o esconderijo seguro que os textos proibidos sempre encontraram nos nossos cérebros e nos nossos corações, garantia de civilização mesmo nos tempos mais bárbaros e desolados. Como diria o professor de literatura George Steiner numa entrevista ao programa de televisão Beleza e Consolação: «Assim que 10 pessoas sabem um poema de cor, não há nada que a KGB, a CIA ou a Gestapo possam fazer. Esse poema vai sobreviver.» Em última análise, By Heart é uma recruta para a resistência que só termina quando os 10 guerrilheiros souberem o poema de cor.



| By Heart

Programa Artes Cénicas Dia 30 novembro

Conjunto de Artes Escénicas (sala 4) | Teatro
Convidados: Teatro Nacional D. Maria II / Tiago Rodrigues

(ver+)
By Heart
Em By Heart, Tiago Rodrigues ensina um poema a 10 pessoas. Essas 10 pessoas nunca viram o espetáculo e não faziam ideia que poema iam aprender de cor à frente do público. Enquanto os ensina, Tiago Rodrigues vai desfiando histórias sobre a sua avó quase-cega misturadas com histórias sobre escritores e personagens de livros que, de algum modo, estão ligados à sua avó e a ele próprio. Esses livros também estão lá, em palco, dentro de caixotes de fruta. E à medida que cada par de versos vai sendo ensinado ao grupo de 10 pessoas, vão emergindo ligações improváveis entre o vencedor do Nobel Boris Pasternak, uma cozinheira do norte de Portugal e um programa de televisão holandês chamado Beleza e Consolação. E o mistério da escolha do poema que as 10 pessoas decoram vai sendo esclarecido.
By Heart é uma peça sobre a importância da transmissão, do invisível contrabando de palavras e ideias que apenas guardar um texto na memória pode oferecer. É sobre um teatro que se assume como esse lugar de transmissão do que não pode ser medido em metros, euros ou bytes. É sobre o esconderijo seguro que os textos proibidos sempre encontraram nos nossos cérebros e nos nossos corações, garantia de civilização mesmo nos tempos mais bárbaros e desolados. Como diria o professor de literatura George Steiner numa entrevista ao programa de televisão Beleza e Consolação: «Assim que 10 pessoas sabem um poema de cor, não há nada que a KGB, a CIA ou a Gestapo possam fazer. Esse poema vai sobreviver.» Em última análise, By Heart é uma recruta para a resistência que só termina quando os 10 guerrilheiros souberem o poema de cor.



| Consentim(i)ento — A Perda do Paraíso

Programa Artes Cénicas Dia 01 dezembro

Instituto Cultural Cabañas (claustro) | Teatro
Convidados: Cassefaz / Miguel Abreu / João Grosso / Pedro Barbeitos / Pedro Costa

(ver+)
Consentim(i)ento — A perda do paraíso é um «manifesto» escrito a partir de excertos de vários sermões de Padre António Vieira e da obra de Frei Bartolomé de Las Casas, Brevíssima Relação da Destruição das Índias. O conjunto destes fragmentos selecionados revelou-nos um texto muito atual: um «manifesto» do século XXI, contra a malvadez do ser humano. Ainda que separados no tempo por mais de 130 anos (Frei Bartolomé de Las Casas é um homem do séc. XVI e Vieira um homem do séc. XVII), a verdade é que em ambos os autores assistimos à descrição da opressão, a maioria das vezes brutal e sanguinária, exercida pelos espanhóis, e pelos portugueses, sobre os indígenas das diversas terras ocupadas no continente americano. Sendo ambos os autores, na época, vozes contra essas formas de opressão e de exploração, são ainda hoje denúncias incómodas dos nossos racismos e discriminações contemporâneas.



| Consentim(i)ento — A Perda do Paraíso

Programa Artes Cénicas Dia 02 dezembro

Instituto Cultural Cabañas (claustro) | Teatro
Convidados: Cassefaz / Miguel Abreu / João Grosso / Pedro Barbeitos / Pedro Costa

(ver+)
Consentim(i)ento — A perda do paraíso é um «manifesto» escrito a partir de excertos de vários sermões de Padre António Vieira e da obra de Frei Bartolomé de Las Casas, Brevíssima Relação da Destruição das Índias. O conjunto destes fragmentos selecionados revelou-nos um texto muito atual: um «manifesto» do século XXI, contra a malvadez do ser humano. Ainda que separados no tempo por mais de 130 anos (Frei Bartolomé de Las Casas é um homem do séc. XVI e Vieira um homem do séc. XVII), a verdade é que em ambos os autores assistimos à descrição da opressão, a maioria das vezes brutal e sanguinária, exercida pelos espanhóis, e pelos portugueses, sobre os indígenas das diversas terras ocupadas no continente americano. Sendo ambos os autores, na época, vozes contra essas formas de opressão e de exploração, são ainda hoje denúncias incómodas dos nossos racismos e discriminações contemporâneas.