Tal como a edição de poesia e de teatro, também a edição de livros de arte e fotografia (pelo caderno de encargos que traz consigo a nível gráfico) é muitas vezes preterido ou simplesmente desprezado. Saúde-se, aplauda-se mesmo, por isso estes dois editores que têm vindo a desenvolver um conjunto de linhas editoriais onde os livros de arte e fotografia estão presentes. Como se torna viável uma edição tão cuidada e meticulosa, e por consequência cara, num mercado tão pequeno como o português? E será assim tão diferente no México? Ao longo de cerca de uma hora, Duarte Azinheira, editor da Imprensa Nacional, e Deborah Holtz, editora da Trilce, irão discutir com quantos paus se faz uma cabana, ou melhor dito, com quanto de arte, engenho e uma dose de loucura se põe de pé uma linha editorial dedicada a um género tão amado, mas muito pouco estimulado.