Programa Artes Visuais de 24 novembro 2018 a 4 fevereiro 2019
MUSA | Exposição
(ver+)
Apresentação
Artista plástica, realizadora, tradutora, escritora, Ana Hatherly (Porto,1929 – Lisboa, 2015) foi também professora catedrática de literatura barroca. Com a sua investigação revalorizou esse período histórico, revelando uma profunda afinidade entre os experimentalistas do século XX, de que fazia parte, e os seus antecessores dos séculos XVII e XVIII. Esta exposição-ensaio procura mostrar essa relação de familiaridade – no entanto, numa inversão temporal de sabor seiscentista, como num mundo ao invés, não mostramos apenas a influência do Barroco na obra da artista, mas como ela o influenciou, como o reinventou, afastando-se do formalismo superficial, que definia o Barroco como excesso decorativo, dirigindo-se à alma barroca, ao seu modo de ver e de se orientar no mundo.
Foi nos ensaios de Ana Hatherly que encontrámos o fio que nos guia nesta exposição, as categorias da mundivisão barroca que se revelam também na obra plástica e poética da artista: o Labirinto e as suas dobras sobre dobras; o Tempo, e a consequente aposta paradoxal no Jogo e na Morte; a Alegoria, e a folia da interpretação que promove; a Metamorfose entre pintura e poesia, entre desenho e escrita. São estes os caminhos que continuamente se bifurcam neste «jardim feito de tinta».
Apresentação
Artista plástica, realizadora, tradutora, escritora, Ana Hatherly (Porto,1929 – Lisboa, 2015) foi também professora catedrática de literatura barroca. Com a sua investigação revalorizou esse período histórico, revelando uma profunda afinidade entre os experimentalistas do século XX, de que fazia parte, e os seus antecessores dos séculos XVII e XVIII. Esta exposição-ensaio procura mostrar essa relação de familiaridade – no entanto, numa inversão temporal de sabor seiscentista, como num mundo ao invés, não mostramos apenas a influência do Barroco na obra da artista, mas como ela o influenciou, como o reinventou, afastando-se do formalismo superficial, que definia o Barroco como excesso decorativo, dirigindo-se à alma barroca, ao seu modo de ver e de se orientar no mundo.
Foi nos ensaios de Ana Hatherly que encontrámos o fio que nos guia nesta exposição, as categorias da mundivisão barroca que se revelam também na obra plástica e poética da artista: o Labirinto e as suas dobras sobre dobras; o Tempo, e a consequente aposta paradoxal no Jogo e na Morte; a Alegoria, e a folia da interpretação que promove; a Metamorfose entre pintura e poesia, entre desenho e escrita. São estes os caminhos que continuamente se bifurcam neste «jardim feito de tinta».