Cada autor terá as suas técnicas. Dos que usam intrincados e complexos esquemas de trabalho, onde nada fica por planear, aos escritores que simplesmente se sentam e esperam que a inspiração chegue, cada um tem a sua forma de trabalhar, o que se alarga à forma de contar as suas histórias. Afinal, a história é para ser contada do princípio ao fim, ou o seu revés? Quando José Luís Peixoto e Inês Fonseca Santos se sentam para escrever (assumindo que não usam o método de Hemingway, que escrevia de pé), já sabem tudo sobre aquelas personagens e aqueles espaços ou escrevem exatamente para saber o que acontecerá? Se já tivessem a data de óbito das personagens, faria sentido continuar? Numa conversa sem guião, apenas com a duração de 50 minutos como limite, estes dois novos autores irão dizer-nos como fazem para que os livros cheguem ao fim sem defraudar os leitores.