Companhia Nacional de Bailado
BIO
A Companhia Nacional de Bailado (CNB) foi criada em 1977 e é o organismo português de referência em dança clássica. Sediada em Lisboa, é a única companhia estatal com uma programação de dança em Portugal e também a única com um corpo permanente de artistas, que lhe permite garantir temporadas regulares de espetáculos no Teatro Camões (depois de, nas suas duas primeiras décadas, a principal sala da companhia ter sido o Teatro Nacional São Carlos), e um pouco por todo o país (Portugal continental e ilhas), além das digressões ao estrangeiro.
Fundada por iniciativa governamental com objetivos de serviço público, a companhia tem duas missões, que se complementam: uma de índole patrimonial, a preservação e divulgação do repertório balético mundial, através da produção de espetáculos de bailado clássico; e a permanente atualização desta forma de arte, com a apresentação de coreografias modernas e contemporâneas de coreógrafos nacionais e estrangeiros, algumas das quais concebidas para a CNB no âmbito da sua política de incentivo à criação. O resultado é um repertório acentuadamente eclético, que atravessa séculos, estilos e técnicas, enquanto mantém uma forte marca identitária portuguesa e europeia.
Assim, da sua história fazem parte as primeiras produções profissionais em Portugal de bailados clássicos em versão integral, como La Fille Mal Gardée, O Lago dos Cisnes, Dom Quixote, La Sylphide, La Bayadère, Paquita, Coppélia, Romeu e Julieta, O Pássaro de Fogo ou A Sagração da Primavera, bem como um continuado investimento na revisão e releitura destas obras canónicas, através de encomendas a criadores que as reinterpretam à luz dos nossos dias, frequentemente em diálogo com a História do país.
Os espetáculos da CNB ao longo destes 40 anos incluem trabalhos da autoria de destacados coreógrafos internacionais como George Balanchine, Vaslav Nijinsky, Serge Lifar, Kurt Jooss, José Limón, Lar Lubovitch, Michael Corder, Hans van Manen, Robert North, Heinz Spöerli, Nacho Duato, Mauro Bigonzetti, Henri Oguike, Cayetano Soto, Ohad Naharin, William Forsythe, Anne Teresa de Keersmaeker e Akram Khan, e coreógrafos portugueses como Armando Jorge, Fernando Lima, Carlos Trincheiras, Rui Lopes Graça, Olga Roriz, Vasco Wellenkamp, Paulo Ribeiro, Rui Horta, Clara Andermatt ou Fernando Duarte, entre outros.
A diversidade estética, alimentada também por uma intensa ligação da dança com outras expressões artísticas – música, cinema, drama, poesia, fotografia –, resulta numa companhia reconhecidamente atual, atenta às suas responsabilidades patrimoniais e simultaneamente muito aberta à influência de jovens criadores, incluindo coreógrafos, dramaturgos e compositores emergentes.
Sofia Campos é a diretora artística da companhia, sucedendo a Paulo Ribeiro (2016-2018), Luísa Taveira (2010-2016 e 1999-2000), Vasco Wellenkamp (2007-2010), Mehmet Balkan (2002-2007), Marc Jonkers (2001-2002), Jorge Salavisa (1996-1999), Isabel Santa Rosa (1994-1996) e Armando Jorge (1978-1993). A sede da CNB é na Rua Vítor Cordon, no Chiado.
Paulo Ribeiro | Coreógrafo
Depois de uma vasta experiência como intérprete em várias companhias belgas e francesas, Paulo Ribeiro (natural de Lisboa) começou a coreografar em 1984, na 1.ª Biennalle Off, de Lyon (França). Posteriormente, criou e/ou remontou obras para companhias de renome como Nederlands Dans Theater (Holanda), Grand Théâtre de Genève (Suíça), Centre Chorégraphique de Nevers (França) e Ballet Gulbenkian (Lisboa, Portugal). E, mais recentemente, para o Ballet de Lorraine (França), Grupo Dançando com a Diferença (Madeira, Portugal) e Companhia Nacional de Bailado (Lisboa, Portugal) para a qual criou Du Don de Soi, La Valse e Lídia. Em 1995, fundou a sua companhia de autor, para a qual criou coreografias como: Sábado 2, Rumor de Deuses, Azul Esmeralda, Memórias de Pedra – Tempo Caído, Orock, Ao Vivo, Comédia Off -2, Tristes Europeus – Jouissez Sans Entraves, Silicone Não, Memórias de um Sábado com rumores de azul, Malgré Nous, Nous Étions Là, Masculine, Feminine, Maiorca e Paisagens – onde o negro é cor e, mais recentemente, Jim e o solo Sem um tu não pode haver um eu. As suas obras têm conquistado importantes distinções nacionais e internacionais, algumas das quais no Concurso Volinine (França), em 1985, e nos prestigiados Rencontres Chorégraphiques Internationales de Danse, de Seine-Saint-Denis (França), em 1996. Foi ainda distinguido pelo Instituto Português das Artes do Espetáculo (Portugal), em 1999; pela Casa da Imprensa, em 2000 e em 2005; no Dance Week Festival (Croácia), em 2009; e pela Sociedade Portuguesa de Autores, em 2010.
Paulo Ribeiro tem-se dedicado ainda à formação, orientando vários workshops em Portugal e em países onde a companhia tem marcado presença. Deu aulas no Conservatório Nacional de Dança e lecionou a disciplina de Composição Coreográfica, no âmbito do mestrado de Criação Coreográfica Contemporânea da Escola Superior de Dança. Foi também comissário do ciclo Dancem! do Teatro Nacional São João, no Porto, em 1996, 1997, 2003, 2009 e 2011; diretor artístico do Ballet Gulbenkian, entre 2003 e 2005; diretor-geral e de programação do Teatro Viriato, em Viseu, entre 1998 e 2003, e, de novo, a partir de 2006 até 2016. Desde dezembro de 2016 é diretor artístico da Companhia Nacional de Bailado.
Luís Tinoco | Compositor
Formou-se na Escola Superior de Música de Lisboa. Mais tarde, completou um Mestrado na Royal Academy of Music e um Doutoramento na University of York, no Reino Unido.
Desde 2000, colabora com a Antena 2 / RTP como autor de programas radiofónicos sobre a música dos séculos XX / XXI. Para a mesma rádio, é responsável pela direção artística do Prémio e Festival Jovens Músicos.
Dedica-se ao ensino lecionando Composição na Escola Superior de Música de Lisboa.
Como compositor, o seu catálogo inclui obras para música de câmara, orquestra e cena.
A música de Tinoco é publicada pela University of York Music Press e está disponível em CD comerciais gravados com a Orquestra Gulbenkian (Naxos), o Ensemble Lontano (Lorelt), e vários solistas e agrupamentos de câmara.
Desde 2017, Luís Tinoco é Compositor Residente no Teatro Nacional de S.Carlos.
José António Tenente | Figurinista
Após ter iniciado a sua formação superior em Arquitetura, José António Tenente envereda pela Moda, revelando em 1986 a sua primeira coleção. Com um trabalho reconhecido e galardoado com vários prémios de Criador de Moda e outras distinções, José António Tenente dedica-se atualmente, quase em exclusivo, à criação de figurinos para dança, ópera e teatro, atividade que desde cedo ocupa um importante lugar no seu percurso.
Nuno Meira | Desenho de Luz
Bacharel em Engenharia de Eletrónica e Telecomunicações (1991), frequência do 4.º ano em Engenharia de Eletrónica Industrial na Universidade do Minho (1994) e frequência do 2º ano da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo no curso de Produção Luz e Som (1997).
Tem desenvolvido o seu trabalho exclusivamente como designer de iluminação colaborando com diversos criadores das áreas do teatro e da dança.
Foi sócio fundador do Teatro Só (1995) e do Cão Danado e Companhia (2001), é sócio da ASSéDIO (desde 1998) e é colaborador regular da Companhia Paulo Ribeiro (desde 2001) e dos Arena Ensemble (desde 2007).
Foi distinguido, em 2004, com o Prémio Revelação Ribeiro da Fonte.
Ver nome do convidado na programação
Programa Artes Cénicas Dia 27 novembro Desde Horácio, poeta latino do séc. I a.C., até aos nossos dias, Lídia é um nome maior de um personagem recorrente em toda a poesia europeia. Na Literatura Portuguesa, Lídiafoi inspiração para poetas como Almeida Garrett, Filinto Elísio, José Tolentino Mendonça, Natália Correia, Sophia de Mello Breyner Andresen, e escritores como José Saramago, mas é sobretudo a Ricardo Reis que ela ficará intimamente ligada. Na poética deste heterónimo pessoano, Lídia, é um pretexto para fazer ouvir a sua própria voz. Ela é uma mulher sem direito a resposta, mas a quem ele aconselha o usufruir do tempo como o correr de um rio. Com um tom sereno, como quem deve ensinar, ele convida: Vem sentar-te comigo, Lídia (…) /depois pensemos (…) que a vida passa e não fica, nada deixa e nunca regressa (…). Estas são também as premissas de toda uma geração de Orpheu, à qual Ricardo Reis pertenceu. Sem olhar para trás, e sem que a minha lembrança te arda ou te fira, Lídia é a sua companheira de viagem, uma viagem que se deseja sem dor e direcionada para o futuro do tempo, como o que a dança, simbolicamente, sempre percorre com os seus passos. Paulo Ribeiro e Luís Tinoco serão os criadores deste futuro, que celebrará em Lídia o rio que, malgré tout, correrá sempre em direção ao mar. A Companhia Nacional de Bailado (CNB) foi criada em 1977 e é o organismo português de referência em dança clássica. Sediada em Lisboa, é a única companhia estatal com uma programação de dança em Portugal e também a única com um corpo permanente de artistas, que lhe permite garantir temporadas regulares de espetáculos no Teatro Camões (depois de, nas suas duas primeiras décadas, a principal sala da companhia ter sido o Teatro Nacional São Carlos), e um pouco por todo o país (Portugal continental e ilhas), além das digressões ao estrangeiro. Fundada por iniciativa governamental com objetivos de serviço público, a companhia tem duas missões, que se complementam: uma de índole patrimonial, a preservação e divulgação do repertório balético mundial, através da produção de espetáculos de bailado clássico; e a permanente atualização desta forma de arte, com a apresentação de coreografias modernas e contemporâneas de coreógrafos nacionais e estrangeiros, algumas das quais concebidas para a CNB no âmbito da sua política de incentivo à criação. O resultado é um repertório acentuadamente eclético, que atravessa séculos, estilos e técnicas, enquanto mantém uma forte marca identitária portuguesa e europeia. Assim, da sua história fazem parte as primeiras produções profissionais em Portugal de bailados clássicos em versão integral, como La Fille Mal Gardée, O Lago dos Cisnes, Dom Quixote, La Sylphide, La Bayadère, Paquita, Coppélia, Romeu e Julieta, O Pássaro de Fogo ou A Sagração da Primavera, bem como um continuado investimento na revisão e releitura destas obras canónicas, através de encomendas a criadores que as reinterpretam à luz dos nossos dias, frequentemente em diálogo com a História do país. Os espetáculos da CNB ao longo destes 40 anos incluem trabalhos da autoria de destacados coreógrafos internacionais como George Balanchine, Vaslav Nijinsky, Serge Lifar, Kurt Jooss, José Limón, Lar Lubovitch, Michael Corder, Hans van Manen, Robert North, Heinz Spöerli, Nacho Duato, Mauro Bigonzetti, Henri Oguike, Cayetano Soto, Ohad Naharin, William Forsythe, Anne Teresa de Keersmaeker e Akram Khan, e coreógrafos portugueses como Armando Jorge, Fernando Lima, Carlos Trincheiras, Rui Lopes Graça, Olga Roriz, Vasco Wellenkamp, Paulo Ribeiro, Rui Horta, Clara Andermatt ou Fernando Duarte, entre outros. A diversidade estética, alimentada também por uma intensa ligação da dança com outras expressões artísticas – música, cinema, drama, poesia, fotografia –, resulta numa companhia reconhecidamente atual, atenta às suas responsabilidades patrimoniais e simultaneamente muito aberta à influência de jovens criadores, incluindo coreógrafos, dramaturgos e compositores emergentes. Paulo Ribeiro é o diretor artístico da companhia, sucedendo a Luísa Taveira (2010-2016 e 1999-2000), Vasco Wellenkamp (2007-2010), Mehmet Balkan (2002-2007), Marc Jonkers (2001-2002), Jorge Salavisa (1996-1999), Isabel Santa Rosa (1994-1996) e Armando Jorge (1978-1993). A sede da CNB é na Rua Vítor Cordon, no Chiado. Depois de uma vasta experiência como intérprete em várias companhias belgas e francesas, Paulo Ribeiro (natural de Lisboa) começou a coreografar em 1984, na 1.ª Biennalle Off, de Lyon (França). Posteriormente, criou e/ou remontou obras para companhias de renome como Nederlands Dans Theater (Holanda), Grand Théâtre de Genève (Suíça), Centre Chorégraphique de Nevers (França) e Ballet Gulbenkian (Lisboa, Portugal). E, mais recentemente, para o Ballet de Lorraine (França), Grupo Dançando com a Diferença (Madeira, Portugal) e Companhia Nacional de Bailado (Lisboa, Portugal) para a qual criou Du Don de Soi, La Valse e Lídia. Em 1995, fundou a sua companhia de autor, para a qual criou coreografias como: Sábado 2, Rumor de Deuses, Azul Esmeralda, Memórias de Pedra – Tempo Caído, Orock, Ao Vivo, Comédia Off -2, Tristes Europeus – Jouissez Sans Entraves, Silicone Não, Memórias de um Sábado com rumores de azul, Malgré Nous, Nous Étions Là, Masculine, Feminine, Maiorca e Paisagens – onde o negro é cor e, mais recentemente, Jim e o solo Sem um tu não pode haver um eu. As suas obras têm conquistado importantes distinções nacionais e internacionais, algumas das quais no Concurso Volinine (França), em 1985, e nos prestigiados Rencontres Chorégraphiques Internationales de Danse, de Seine-Saint-Denis (França), em 1996. Foi ainda distinguido pelo Instituto Português das Artes do Espetáculo (Portugal), em 1999; pela Casa da Imprensa, em 2000 e em 2005; no Dance Week Festival (Croácia), em 2009; e pela Sociedade Portuguesa de Autores, em 2010. Paulo Ribeiro tem-se dedicado ainda à formação, orientando vários workshops em Portugal e em países onde a companhia tem marcado presença. Deu aulas no Conservatório Nacional de Dança e lecionou a disciplina de Composição Coreográfica, no âmbito do mestrado de Criação Coreográfica Contemporânea da Escola Superior de Dança. Foi também comissário do ciclo Dancem! do Teatro Nacional São João, no Porto, em 1996, 1997, 2003, 2009 e 2011; diretor artístico do Ballet Gulbenkian, entre 2003 e 2005; diretor-geral e de programação do Teatro Viriato, em Viseu, entre 1998 e 2003, e, de novo, a partir de 2006 até 2016. Desde dezembro de 2016 é diretor artístico da Companhia Nacional de Bailado. Formou-se na Escola Superior de Música de Lisboa. Mais tarde, completou um Mestrado na Royal Academy of Music e um Doutoramento na University of York, no Reino Unido. Desde 2000, colabora com a Antena 2 / RTP como autor de programas radiofónicos sobre a música dos séculos XX / XXI. Para a mesma rádio, é responsável pela direção artística do Prémio e Festival Jovens Músicos. Dedica-se ao ensino lecionando Composição na Escola Superior de Música de Lisboa. Como compositor, o seu catálogo inclui obras para música de câmara, orquestra e cena. A música de Tinoco é publicada pela University of York Music Press e está disponível em CD comerciais gravados com a Orquestra Gulbenkian (Naxos), o Ensemble Lontano (Lorelt), e vários solistas e agrupamentos de câmara. Desde 2017, Luís Tinoco é Compositor Residente no Teatro Nacional de S.Carlos. Após ter iniciado a sua formação superior em Arquitetura, José António Tenente envereda pela Moda, revelando em 1986 a sua primeira coleção. Com um trabalho reconhecido e galardoado com vários prémios de Criador de Moda e outras distinções, José António Tenente dedica-se atualmente, quase em exclusivo, à criação de figurinos para dança, ópera e teatro, atividade que desde cedo ocupa um importante lugar no seu percurso. Completó su Licenciatura en Ingeniería Electrónica y Telecomunicaciones (1991), cursó el 4º año de Ingeniería Electrónica Industrial en la Universidad de Minho (1994) y el 2º año de la Escuela Superior de Música y Artes del Espectáculo en la carrera de Producción de Luz y Sonido (1997). Ha desarrollado su trabajo exclusivamente como diseñador de iluminación, colaborando con diversos creadores de las áreas del teatro y de la danza. Fue socio fundador del Teatro Só (1995) y de Cão Danado e Companhia (2001). Es socio de ASSéDIO (desde 1998) y colaborador regular de la Compañía Paulo Ribeiro (desde 2001) y de los Arena Ensemble (desde 2007). En 2004 fue distinguido con el Premio Revelación Ribeiro da Fonte. Programa Artes Cénicas Dia 28 novembro Desde Horácio, poeta latino do séc. I a.C., até aos nossos dias, Lídia é um nome maior de um personagem recorrente em toda a poesia europeia. Na Literatura Portuguesa, Lídiafoi inspiração para poetas como Almeida Garrett, Filinto Elísio, José Tolentino Mendonça, Natália Correia, Sophia de Mello Breyner Andresen, e escritores como José Saramago, mas é sobretudo a Ricardo Reis que ela ficará intimamente ligada. Na poética deste heterónimo pessoano, Lídia, é um pretexto para fazer ouvir a sua própria voz. Ela é uma mulher sem direito a resposta, mas a quem ele aconselha o usufruir do tempo como o correr de um rio. Com um tom sereno, como quem deve ensinar, ele convida: Vem sentar-te comigo, Lídia (…) /depois pensemos (…) que a vida passa e não fica, nada deixa e nunca regressa (…). Estas são também as premissas de toda uma geração de Orpheu, à qual Ricardo Reis pertenceu. Sem olhar para trás, e sem que a minha lembrança te arda ou te fira, Lídia é a sua companheira de viagem, uma viagem que se deseja sem dor e direcionada para o futuro do tempo, como o que a dança, simbolicamente, sempre percorre com os seus passos. Paulo Ribeiro e Luís Tinoco serão os criadores deste futuro, que celebrará em Lídia o rio que, malgré tout, correrá sempre em direção ao mar. A Companhia Nacional de Bailado (CNB) foi criada em 1977 e é o organismo português de referência em dança clássica. Sediada em Lisboa, é a única companhia estatal com uma programação de dança em Portugal e também a única com um corpo permanente de artistas, que lhe permite garantir temporadas regulares de espetáculos no Teatro Camões (depois de, nas suas duas primeiras décadas, a principal sala da companhia ter sido o Teatro Nacional São Carlos), e um pouco por todo o país (Portugal continental e ilhas), além das digressões ao estrangeiro. Fundada por iniciativa governamental com objetivos de serviço público, a companhia tem duas missões, que se complementam: uma de índole patrimonial, a preservação e divulgação do repertório balético mundial, através da produção de espetáculos de bailado clássico; e a permanente atualização desta forma de arte, com a apresentação de coreografias modernas e contemporâneas de coreógrafos nacionais e estrangeiros, algumas das quais concebidas para a CNB no âmbito da sua política de incentivo à criação. O resultado é um repertório acentuadamente eclético, que atravessa séculos, estilos e técnicas, enquanto mantém uma forte marca identitária portuguesa e europeia. Assim, da sua história fazem parte as primeiras produções profissionais em Portugal de bailados clássicos em versão integral, como La Fille Mal Gardée, O Lago dos Cisnes, Dom Quixote, La Sylphide, La Bayadère, Paquita, Coppélia, Romeu e Julieta, O Pássaro de Fogo ou A Sagração da Primavera, bem como um continuado investimento na revisão e releitura destas obras canónicas, através de encomendas a criadores que as reinterpretam à luz dos nossos dias, frequentemente em diálogo com a História do país. Os espetáculos da CNB ao longo destes 40 anos incluem trabalhos da autoria de destacados coreógrafos internacionais como George Balanchine, Vaslav Nijinsky, Serge Lifar, Kurt Jooss, José Limón, Lar Lubovitch, Michael Corder, Hans van Manen, Robert North, Heinz Spöerli, Nacho Duato, Mauro Bigonzetti, Henri Oguike, Cayetano Soto, Ohad Naharin, William Forsythe, Anne Teresa de Keersmaeker e Akram Khan, e coreógrafos portugueses como Armando Jorge, Fernando Lima, Carlos Trincheiras, Rui Lopes Graça, Olga Roriz, Vasco Wellenkamp, Paulo Ribeiro, Rui Horta, Clara Andermatt ou Fernando Duarte, entre outros. A diversidade estética, alimentada também por uma intensa ligação da dança com outras expressões artísticas – música, cinema, drama, poesia, fotografia –, resulta numa companhia reconhecidamente atual, atenta às suas responsabilidades patrimoniais e simultaneamente muito aberta à influência de jovens criadores, incluindo coreógrafos, dramaturgos e compositores emergentes. Paulo Ribeiro é o diretor artístico da companhia, sucedendo a Luísa Taveira (2010-2016 e 1999-2000), Vasco Wellenkamp (2007-2010), Mehmet Balkan (2002-2007), Marc Jonkers (2001-2002), Jorge Salavisa (1996-1999), Isabel Santa Rosa (1994-1996) e Armando Jorge (1978-1993). A sede da CNB é na Rua Vítor Cordon, no Chiado. Depois de uma vasta experiência como intérprete em várias companhias belgas e francesas, Paulo Ribeiro (natural de Lisboa) começou a coreografar em 1984, na 1.ª Biennalle Off, de Lyon (França). Posteriormente, criou e/ou remontou obras para companhias de renome como Nederlands Dans Theater (Holanda), Grand Théâtre de Genève (Suíça), Centre Chorégraphique de Nevers (França) e Ballet Gulbenkian (Lisboa, Portugal). E, mais recentemente, para o Ballet de Lorraine (França), Grupo Dançando com a Diferença (Madeira, Portugal) e Companhia Nacional de Bailado (Lisboa, Portugal) para a qual criou Du Don de Soi, La Valse e Lídia. Em 1995, fundou a sua companhia de autor, para a qual criou coreografias como: Sábado 2, Rumor de Deuses, Azul Esmeralda, Memórias de Pedra – Tempo Caído, Orock, Ao Vivo, Comédia Off -2, Tristes Europeus – Jouissez Sans Entraves, Silicone Não, Memórias de um Sábado com rumores de azul, Malgré Nous, Nous Étions Là, Masculine, Feminine, Maiorca e Paisagens – onde o negro é cor e, mais recentemente, Jim e o solo Sem um tu não pode haver um eu. As suas obras têm conquistado importantes distinções nacionais e internacionais, algumas das quais no Concurso Volinine (França), em 1985, e nos prestigiados Rencontres Chorégraphiques Internationales de Danse, de Seine-Saint-Denis (França), em 1996. Foi ainda distinguido pelo Instituto Português das Artes do Espetáculo (Portugal), em 1999; pela Casa da Imprensa, em 2000 e em 2005; no Dance Week Festival (Croácia), em 2009; e pela Sociedade Portuguesa de Autores, em 2010. Paulo Ribeiro tem-se dedicado ainda à formação, orientando vários workshops em Portugal e em países onde a companhia tem marcado presença. Deu aulas no Conservatório Nacional de Dança e lecionou a disciplina de Composição Coreográfica, no âmbito do mestrado de Criação Coreográfica Contemporânea da Escola Superior de Dança. Foi também comissário do ciclo Dancem! do Teatro Nacional São João, no Porto, em 1996, 1997, 2003, 2009 e 2011; diretor artístico do Ballet Gulbenkian, entre 2003 e 2005; diretor-geral e de programação do Teatro Viriato, em Viseu, entre 1998 e 2003, e, de novo, a partir de 2006 até 2016. Desde dezembro de 2016 é diretor artístico da Companhia Nacional de Bailado. Formou-se na Escola Superior de Música de Lisboa. Mais tarde, completou um Mestrado na Royal Academy of Music e um Doutoramento na University of York, no Reino Unido. Desde 2000, colabora com a Antena 2 / RTP como autor de programas radiofónicos sobre a música dos séculos XX / XXI. Para a mesma rádio, é responsável pela direção artística do Prémio e Festival Jovens Músicos. Dedica-se ao ensino lecionando Composição na Escola Superior de Música de Lisboa. Como compositor, o seu catálogo inclui obras para música de câmara, orquestra e cena. A música de Tinoco é publicada pela University of York Music Press e está disponível em CD comerciais gravados com a Orquestra Gulbenkian (Naxos), o Ensemble Lontano (Lorelt), e vários solistas e agrupamentos de câmara. Desde 2017, Luís Tinoco é Compositor Residente no Teatro Nacional de S.Carlos. Após ter iniciado a sua formação superior em Arquitetura, José António Tenente envereda pela Moda, revelando em 1986 a sua primeira coleção. Com um trabalho reconhecido e galardoado com vários prémios de Criador de Moda e outras distinções, José António Tenente dedica-se atualmente, quase em exclusivo, à criação de figurinos para dança, ópera e teatro, atividade que desde cedo ocupa um importante lugar no seu percurso. Completó su Licenciatura en Ingeniería Electrónica y Telecomunicaciones (1991), cursó el 4º año de Ingeniería Electrónica Industrial en la Universidad de Minho (1994) y el 2º año de la Escuela Superior de Música y Artes del Espectáculo en la carrera de Producción de Luz y Sonido (1997). Ha desarrollado su trabajo exclusivamente como diseñador de iluminación, colaborando con diversos creadores de las áreas del teatro y de la danza. Fue socio fundador del Teatro Só (1995) y de Cão Danado e Companhia (2001). Es socio de ASSéDIO (desde 1998) y colaborador regular de la Compañía Paulo Ribeiro (desde 2001) y de los Arena Ensemble (desde 2007). En 2004 fue distinguido con el Premio Revelación Ribeiro da Fonte. 21:00H | Lídia
Conjunto de Artes Escénicas (sala 2) | Bailado
Convidados: Companhia Nacional de Bailado / Paulo Ribeiro / Luís Tinoco / José António Tenente / Nuno MeiraCompanhia Nacional de Bailado
Paulo Ribeiro | Coreógrafo
Luís Tinoco | Compositor
José António Tenente | Figurinista
Nuno Meira | Diseño de Luz
21:00H | Lídia
Conjunto de Artes Escénicas (sala 2) | Bailado
Convidados: Companhia Nacional de Bailado / Paulo Ribeiro / Luís Tinoco / José António Tenente / Nuno MeiraCompanhia Nacional de Bailado
Paulo Ribeiro | Coreógrafo
Luís Tinoco | Compositor
José António Tenente | Figurinista
Nuno Meira | Diseño de Luz